Polícia Civil prende 23 suspeitos de homicídio em Luziânia

Na última terça-feira, 7, a Polícia Civil (PC) apresentou balanço que aponta as prisões de 23 suspeitos de homicídios no município de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Segundo os dados apresentados pela corporação, foram 23 prisões desde dezembro do ano passado.

O resultado do trabalho da PC compreende o período de dois meses, realizado pela 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil, de Luziânia, sob o comando do delegado Rodrigo Mendes. O titular da Regional afirma que as prisões – 14 em dezembro de 2016 e nove em 2017 –, são reflexo de ações intensificadas que visam a diminuição do número desse tipo de crime no município. “Nossa meta é continuar de forma permanente o trabalho e, com isso, retirar das ruas suspeitos de crimes graves. Com isso elevaremos ainda mais o número de detenções”, previu.

A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) espera que as prisões se reflitam em um “declínio significativo” nos índices criminais em Luziânia. Para intensificar as ações de combate à criminalidade no município, a SSPAP disponibilizou homens do Comando de Missões Especiais (CME), que é composto por grupos de elite da Polícia, para atuar na cidade do Entorno. De acordo com a pasta de segurança, a ação é necessária por conta das “demandas de alta complexidade” na região.

Presos em dezembro

No início do mês de dezembro, a Polícia Civil, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), de Luziânia, cumpriu dois mandados de prisão temporária contra Danilo dos Santos Lima, de 19 anos, conhecido como Dodô, e Micael da Silva Matos, de 19 anos. Eles são investigados pelo crime de homicídio qualificado na região central de Luziânia, que vitimou Alessandro Lima Ribeiro, de 20 anos, morto por disparos de arma de fogo. Além desse crime, a polícia investiga, ainda, a participação de Dodô em outros dois assassinatos.

Os policiais civis também prenderam Wladmir de Lira Leite, foragido da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Luziânia, onde cumpria pena por homicídio qualificado. A prisão ocorreu no interior de um Supermercado do município. Na mesma época, a PC deflagrou a Operação Gálatas, que contabilizou as prisões de 10 suspeitos de homicídios em Luziânia.

No final do ano, Valter Aparecido Lemes de Lima, de 31 anos, foi preso preventivamente. O acusado responde por homicídio qualificado ocorrido na cidade de Dianópolis, no Tocantins, em 2009. Ele estava foragido e residia na região do Entorno do DF, ocasião em que foi localizado e preso no Jardim Ingá, em Luziânia.

Operação em 2017

No mês de janeiro, durante a realização de uma operação, policiais civis prenderam Pedro Fernandes da Silva Neto,  de 21 anos, Moisés Pereira Dantas, de 32 anos e um menor de idade. Os três são suspeitos do assassinato de Brendo Araújo Tinoco, em novembro do ano passado. A vítima foi morta com chutes, socos e golpes de enxada na cabeça. As investigações levaram também à prisão temporária de Fábio Fernandes de Jesus, acusado de ter participação no crime.

A Polícia Civil de Luziânia prendeu Anderson Carlos de Sousa Silva, conhecido como “mãozinha”, denunciado por dois homicídios qualificados, em outubro de 2012. Mãozinha também é investigado e apontado como um dos principais suspeitos de ter assassinado Dener dos Santos Santana, em novembro do ano passado.

No final de janeiro, Yago Alexsander Ribeiro, de 20 anos, foi preso temporariamente. Ele é investigado pelo assassinato de Alessandro Lima Ribeiro, em setembro de 2016. Alfredo Pereira dos Santos, de 52 anos, acusado de homicídio qualificado, também foi preso.

Em fevereiro, a Polícia Civil cumpriu mandado de internação contra os dois adolescentes, acusados pelo homicídio qualificado de Thiago dos Reis, em maio de 2016. De acordo com a corporação, a vítima foi morta por motivo banal. Os menores tiveram internação decretada pela Vara da Infância e Juventude.

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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