POLICIA CIVIL PRENDE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA NO SETOR PARQUE ANHANGUERA II

Nesta quarta-feira (08) a Polícia Civil por intermédio da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) realizou uma operação de busca e prisão na região do Parque Anhanguera, em Goiânia. Ao todo foram cumpridas nove prisões, sendo seis por homicídio, duas por tráfico de drogas e posse de arma de fogo, e um mandado de internação de menor.

A operação envolve dois inquéritos policiais por homicídio. As investigações apontaram que Carlos Roberto, um narcotraficante, estava em uma festa em uma chácara localizada na saída de Guapó, quando se desentendeu, com Raul Alarcão. Passado algum tempo Carlos foi a um Bar no setor Jardim Europa e de deparou novamente com Raul, acompanhado de Célio Roberto, Alírio Washington, Cleomar e um menor de idade, Raul assassinou a tiros Carlos Roberto.

As investigações apontaram que todos os indivíduos, inclusive a vítima, integravam uma organização criminosa no Parque Anhanguera. Os mesmos além de cometer roubos e homicídios, atuavam na comercialização de drogas ilícitas à região Sudoeste da capital.

A outra vítima, Mauro Sérgio, segundo as investigações foi assassinada a pauladas por Emanuel Felipe e Jeferson Henrique em uma briga. Os dois também residem no Parque Anhanguera  e possuem ligações com todos os investigados da morte de Carlos Roberto.

Durante a operação, na realização das buscas na residência de Célio foram apreendidos diversos tipos de drogas e uma arma de fogo calibre 38, carregada com 5 munições, mais 5 sobressalentes.

Com exceção de Raul Alarcão que agora se encontra foragido da justiça, todos os investigados foram presos e serão interrogados na Delegacia de Homicídios. Com essas prisões, a Polícia Civil acredita que os índices de criminalidade na região sudoeste cairão e a população do setor Parque Anhanguera e imediações terá um pouco mais de tranqüilidade e segurança

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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