Polícia Civil prende grupo especializado em grilagem de imóveis, em cinco cidades goianas

Grilagem

Nesta terça-feira,23, a Polícia Civil realizou uma operação, contra um grupo suspeito de formar uma milícia especializada em grilagem de imóveis urbanos e rurais, que consistem em falsificar documentos para tomar posse ou fazer a venda ilegal deles. Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão, 12 de busca e apreensão, nas cidades de Goiânia, Anápolis, Goianápolis, Pirenópolis e Formosa. Durante os mandados os agentes encontraram um saco de esmeraldas e um avião.

Segundo a delegada Débora Melo, o grupo que realizava a grilagem atuava desde 2018 e, com uma vítima, gerou um prejuízo de R$5 milhões. A investigação foi feita em um período de um ano. Um dos investigados usavam tornozeleira eletrônica.

“Elas procuram imóveis urbanos ou rurais em situação litigiosa na Justiça ou questões sucessórias, forjam documentação, se apresentam nesses locais como se fossem donas, dizendo que os títulos aquisitivos das pessoas que lá moram não valem, fazem com que os ocupantes saiam de maneira violenta e procuram vender rapidamente essas propriedades para terceiros para ter o lucro econômico”, disse delegada em coletiva no final da manhã dessa terça-feira, 23.

Dessa forma, além dos donos dos imóveis e terrenos, a pessoa que comprava o imóvel também ficava no prejuízo, pois não conseguia registrar em cartório.

O grupo também e suspeito de tráfico de drogas, porte irregular de arma de fogo, estelionatos e crime contra a fé pública. Com eles foi apreendido: armas, munições, documentos e veículos de luxo.

Grilagem
A polícia encontrou um saco de esmeraldas durante as buscas (Foto: Divulgação / Polícia Civil)

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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