Polícia Civil procura pai de jovem com deficiência abandonado por mãe biológica

A Polícia Civil (PC) procura o pai biológico de David Cesario Silva, de 25 anos, vítima de abandono. O rapaz tem o diagnóstico de paralisia cerebral, epilepsia e atrofia permanecente dos membros, além de comprometimento cognitvo. Ele foi deixado pela mãe na casa de um ex-namorado dela, logo após o nascimento. À época, a mulher alegou que o homem seria o pai da criança.

O caso é investigado pela delegada Érica Botrel, da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (Deai), de Goiânia. Segundo a corporação, o jovem foi criado pela família do ex-namorado da mãe, no entanto, atualmente, eles estão com dificuldades financeiras.

Abandono

Segundo a delegada Érica Botrel, a mãe biológica deixou a criança deficiente na casa do suposto pai com argumento de que iria somente fazer umas compras no centro da cidade, mas desapareceu e nunca mais retornou. O suposto pai desconfiou da paternidade em razão de ter tido somente um breve relacionamento com a investigada, mas a família não tinha condições financeiras à época para custear um exame de DNA. Até então, a criança não havia sido registrada.

Em razão da criança ter muitas convulsões e desmaios, a suposta avó precisou recorrer a atendimento médico, sendo que a criança precisava de uma cirurgia e do registro civil. Assim, a suposta avó registrou a criança como se fosse a mãe. Nesse ínterim, a mãe da criança nunca mais apareceu. Hoje, com 25 anos, David não fala, não anda e tem entendimento de um bebê.

Com muita dificuldade, devido às limitações financeiras, a avó de criação, hoje com 72 anos, e o suposto pai, pedreiro, criaram David. A família mora no Jardim Guanabara. Sem condições financeiras para suprir as necessidades do rapaz, o pai de criação passou a buscar a localização da mãe biológica da criança via redes sociais, a qual foi localizada residindo na Espanha aparentemente com padrão de vida confortável.

Recentemente, foi realizado um exame de DNA, com a constatação que David não é filho biológico do pai de criação. Por isso, a Polícia Civil está à procura do pai biológico. A mãe biológica foi indiciada com base no artigos 244, do Código Penal, e 90, da Lei do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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