Polícia civil resgata cadela por maus-tratos, em Jataí

Uma cadela da raça pitbull que, aparentemente, sofria maus-tratos em uma residência no Setor São Bento, em Jataí, foi resgatada por policiais civis do Grupo Especial de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (Gepatri) no último fim de semana. Segundo o delegado regional, Marcos Guerine, os agentes se dirigiram até a casa após receberem denúncia acerca da situação em que era mantido o animal. Chegando ao local, os policiais verificaram que a cadela, de três anos de idade, vivia presa em um corredor estreito, muito sujo, com presença de fezes, urina, esgoto e lixo.

A proprietária alegou que o animal estava ali há pouco tempo e que ficaria preso no corredor apenas por alguns instantes. No entanto, a versão apresentada pela dona do animal contradiz o vídeo de denúncia recebido pela Polícia Civil. A mulher disse ainda que passeava constantemente com a cadela, chamada “Serena”, mas não soube apontar onde estaria a coleira do animal, quando o objeto foi solicitado para conduzir a pitbull até a delegacia.

Da mesma forma, a proprietária alegou que as vacinas do animal estão em dia, mas também não apresentou o cartão de vacinação. Aparentemente, a cadela apresentava excesso de peso e algumas feridas nas patas, produzidas por fungos oriundos do ambiente úmido, além de cicatrizes no pescoço, provavelmente provocadas por coleira enforcadora. O animal foi resgatado e encaminhada para a delegacia da Polícia Civil para os procedimentos cabíveis. Uma escrivã, que ficou responsável pela guarda provisória da pitbull, disse que há pelo menos mais três animais na casa, mas que apenas Serena era mantida no corredor. A proprietária do animal assinou um TCO por maus-tratos e foi liberada na sequência.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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