Polícia combate exploração sexual infantil na internet em Goiás

A Polícia Civil de Goiás cumpriu nesta terça-feira, 10, quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Senador Canedo, Indiara, Jaraguá e Jataí. A ação fez parte da Operação Octopus, conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), voltada ao combate à exploração sexual infantil na internet.

O foco das buscas foi localizar imagens e vídeos de crianças e adolescentes em situações de exploração sexual. Um indivíduo foi preso em flagrante na cidade de Jaraguá, acusado de violar o artigo 241-B do Código Penal Brasileiro. Além disso, outras três pessoas foram conduzidas e interrogadas, e diversos dispositivos eletrônicos foram apreendidos para análise.

A ação foi um desdobramento da Operação Bad Vibes, que ocorreu simultaneamente em 12 estados, deflagrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e coordenação do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do ministério.

Até o momento, foram 12 prisões em flagrante e cinco prisões temporárias em dez estados diferentes. As prisões em flagrante ocorreram em Sergipe, Santa Catarina, Espírito Santo, Pará, Ceará, São Paulo, Paraná e Goiás, enquanto as prisões temporárias tiveram lugar no Piauí. As operações continuarão ao longo do dia até que todos os mandados sejam cumpridos.

Em mensagem postada na rede social X (antigo Twitter), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, destacou o trabalho conjunto do Ciberlab e das Polícias Civis de 12 estados no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

 

Denuncie

É importante ressaltar que o abuso sexual contra crianças e adolescentes é crime. No Brasil, a pena para o armazenamento desse tipo de conteúdo varia de um a quatro anos de prisão. Para aqueles que compartilham imagens, as penas variam de três a seis anos, enquanto a produção de conteúdo relacionado aos crimes de exploração sexual pode resultar em penas de quatro a oito anos de detenção.

A sociedade desempenha um papel crucial na prevenção, combate e enfrentamento desses crimes contra a infância e a adolescência. Casos de violações devem ser denunciados ao Disque 100, coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, com ligação gratuita para o número 100. O sigilo das informações é garantido, quando solicitado pelo denunciante.

Outros meios de denúncia incluem o WhatsApp, no número (61) 99611-0100; o site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH); o Telegram (busque por “Direitos Humanos Brasil”); o aplicativo Direitos Humanos Brasil; e a opção de videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras), um serviço exclusivo para pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Em casos de emergência, a Polícia Militar da sua localidade pode ser acionada pelo número 190.

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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