Polícia conclui inquérito de homem que cortou e jogou pimenta em região íntima de companheira

A Polícia Civil de Pirenópolis concluiu o inquérito que apura o caso de tortura e cárcere privado de uma mulher de 39 anos. Foi apurado que o crime foi cometido por Elisomar Pereira da Silva contra a então companheiro. O crime chocou o município, e teve repercussão no Distrito Federal. De acordo com o delegado titular da distrital e responsável pelo caso, Ariel Martins, a análise mais detida do celular do autor revelou novos detalhes a respeito da prática de tortura, além de mais um participante do crime foi descoberto.

Foi constatado que Elisomar teria cortado um pedaço de tecido da genitália de sua companheira, colocado pimenta na região lesionada da mulher e ainda ter filmado toda a ação.
fotografou a vítima no momento em que ele colocou pimenta em suas partes íntimas. Foi constatado pelas investigações que antes disso, ele teria cortado um pedaço de tecido da genitália de sua companheira e filmou a ação. Ele fugiu para Anápolis em uma moto, junto com a vítima já lesionada, por uma estrada de terra.

A investigação apontou também que Múrcio Afonso Pereira, 34 anos, colega de Elisomar e também residente em Pirenópolis, além de ter tido conhecimento do crime, já que recebeu as imagens dos golpes de facão e foto da vítima com pimenta nas partes íntimas, não apenas deixou de prestar socorro a ela e/ou comunicar o fato às autoridades, como auxiliou o autor a subtrair-se à ação da Polícia, além de ter tentado atrapalhar as investigações ao repassar informações falsas aos policiais que o procuraram.

Elisomar Pereira da Silva foi indiciado por tortura mediante cárcere privado, estupro de vulnerável e oferta de droga para consumo. Múrcio Afonso Pereira também foi indiciado por ter prestado auxílio a esses crimes.
O inquérito foi remetido à Justiça, que deverá analisar o caso. As penas dos crimes praticados por Elisomar, se condenado na máxima cominação prevista, pode chegar a 28 anos de prisão em regime fechado.

.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp