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Polícia criou força-tarefa para investigar mortes de travestis por suspeitar de assassino em série, em Aparecida

Última atualização 08/03/2022 | 18:54

As mortes das duas travestis em um prazo de oito dias, no setor Nossa Senhora de Loudes, em Aparecida de Goiânia, estavam sendo investigadas pela Polícia Civil (PC) como o inicio de uma possível serie de assassinatos na região dos motéis, segundo o delegado Eduardo Rodovalho.

Uma força-tarefa, inclusive, chegou a ser criada para investigar os homicídios, mas a hipótese foi descartada devido a diferença entre os suspeitos que foram descritas por testemunhas.

Rodovalho explica que a primeira travesti a ser morta foi Brunna kimberlly (nome social mudado em documentos), de 27 anos. Bruna foi assassinada no setor também conhecido como “Cidade dos Motéis” com três tiros. O seu corpo foi encontrado na Rua São Paulo, no último dia 24. O crime, conforme o investigador, aconteceu durante uma discussão com um conhecido cliente da vítima por conta do valor cobrado por um ‘serviço’.

“Foram duas situações distintas, uma não tem relação com a outra. A primeira vítima foi morta em uma via pública e a segunda em um prédio abandonado. O local era usado por esses travestis para fazer programas. A provável causa destes homicídios pode ser a desavença na hora do pagamento por esses programas. Essas profissionais estariam utilizando maquininhas de cartão de crédito para receber pelos serviços, mas naquele instante se iniciou uma discussão”, explicou.

Novo homicídio

Nesta última sexta-feira (4), mais uma travesti ainda não identificada foi morta no setor Nossa Senhora de Loudes. Desta vez, a vítima foi morta por um golpe de faca no pescoço em um lote baldio, que também abriga uma construção abandonada, na Avenida W-2. O corpo estava ao lado de uma peruca e apresentava indícios de agressão sexual, com lesões e a saia levantada expondo as partes íntimas. O motivo do crime, segundo o delegado, foi uma tentativa de furto por parte da vítima. A policia também trabalha com a suspeita e que o crime tenha sido cometido por conta do preço cobrado pelo programa.

“Diferente da Brunna, a vítima não tinha relação e nem conhecia o assassino. Ela também foi morta após uma discussão com um cliente, por supostamente ter furtado algum objeto. Além disso, a vítima era usuária de drogas e costumava praticar pequenos furtos na região, principalmente contra clientes. A polícia continua em diligencias e possivelmente nos próximos dias já teremos o resultado das investigações em relação a identidade dos suspeitos”, concluiu.

Brunna foi morta por cliente conhecido após cobrar valor pelo programa / Foto: Instagram