A polícia de Pernambuco prendeu um criminoso em série que cometia estupros no Centro do Recife. Até o momento, quatro vítimas foram identificadas, incluindo duas menores de idade, com 16 e 17 anos, e duas mulheres na faixa dos 20 anos. Os crimes ocorreram entre os anos de 2023 e 2025, com o estuprador abordando as vítimas durante o dia e as ameaçando com uma arma. A identificação do criminoso foi possível graças à análise do DNA, que proporcionou avanços nas investigações.

O suspeito, um homem de 27 anos morador do bairro do Jordão, na Zona Sul da cidade, foi preso na última segunda-feira na Delegacia da Mulher do Rosarinho, na Zona Norte do Recife. A prisão foi realizada após a polícia convocá-lo para prestar esclarecimentos sobre outro assunto, já que havia um mandado de prisão contra ele. Em 2018, o criminoso havia sido condenado por roubo e, posteriormente, teve seu material genético inserido no Banco de Perfis Genéticos de Pernambuco, que conta com 26 mil amostras cadastradas.

De acordo com a delegada Larissa Souza, da 1ª Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, o estupro mais antigo identificado ocorreu em 2023, envolvendo uma adolescente de 16 anos. Os três crimes subsequentes foram registrados em dezembro de 2024 e nos primeiros meses de 2025, com outra adolescente de 17 anos e duas mulheres na faixa dos 20 anos. Todos os casos ocorreram em áreas centrais da capital pernambucana, com o estuprador agindo de forma violenta e ameaçadora.

O modus operandi do criminoso consistia em abordar as vítimas durante o dia em locais movimentados, como no caso de um assalto a um ônibus seguido de um estupro. Em outras situações, o estuprador se aproximava das vítimas sob o pretexto de ajudá-las após um assalto, ganhava sua confiança e cometia o crime. Com a utilização da tecnologia de perfis genéticos, foi possível identificar as quatro vítimas até o momento, mas a delegada não descarta a possibilidade de outras ainda não identificadas.

O perito forense Jeyzon Valeriano ressaltou a importância dos bancos de dados genéticos na resolução de casos criminais, destacando que Pernambuco é o terceiro estado do país com maior registro de perfis genéticos de condenados. A colaboração entre a polícia, especialistas forenses e tecnologia tem sido fundamental para esclarecer casos como o do estuprador em série do Recife, que agora está sob custódia e responderá pelos seus terríveis crimes.