Polícia de São Paulo investiga denúncia de alunos de medicina por apologia ao estupro na Faculdade Santa Marcelina

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A polícia de São Paulo abriu um inquérito para investigar uma denúncia feita pelo DE contra alunos de medicina da Faculdade Santa Marcelina por usarem uma bandeira com uma frase que faz alusão ao estupro durante um evento esportivo no último sábado. A Secretaria da Segurança Pública informou que a 8ª Delegacia de Defesa da Mulher está disponível para ouvir as denúncias e tomar as devidas providências. A Faculdade Santa Marcelina reconheceu a participação dos alunos e afirmou que os responsáveis serão penalizados, podendo até ser expulsos.

A denúncia revelada pelo DE é relacionada a um grupo de estudantes que aparecem em fotos ao lado do bandeirão com a expressão violenta que remete ao crime de estupro. O antigo hino da atlética da faculdade, banido em 2017, contém referências de cunho sexual e machista. O Coletivo Francisca, composto por alunas e ex-alunas de medicina, tomou providências e encaminhou uma denúncia formal à direção do curso.

Os hinos e cânticos das atléticas universitárias são comumente usados em eventos esportivos com o intuito de desafiar equipes adversárias, porém, normalmente contêm insultos de cunho sexual, homofóbico, machista e elitista. A atuação do Coletivo Francisca foi fundamental para a punição desses comportamentos na faculdade, mas o episódio recente faz questionar até quando atitudes como essa vão persistir no ambiente acadêmico.

A Faculdade Santa Marcelina se posicionou e iniciou um procedimento de sindicância interna para apurar os fatos. A instituição garantiu que os alunos responsáveis serão penalizados, podendo sofrer advertências, suspensão e até expulsão da faculdade. Uma ex-aluna da faculdade destacou a presença da cultura do estupro dentro da medicina e a importância das medidas disciplinares nesses casos.

A denúncia feita pelo Coletivo Francisca destaca a gravidade das alusões ao estupro presentes no hino banido da atlética da faculdade, bem como a inaceitabilidade dessas práticas no ambiente acadêmico. Com base na legislação vigente, cobra-se que a faculdade investigue e puna os responsáveis pelos atos, visando criar um ambiente seguro e respeitoso para todos os alunos. O coletivo deposita confiança na resposta institucional da Faculdade Santa Marcelina para resolver a situação de forma adequada.

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