Polícia descarta participação de investigado por ajudar no assassinato de irmãos, em Bonópolis

Caso Bonópolis: Laudo comprova abuso sexual nos irmãos assassinados

A Polícia Civil (PC) descartou a participação de José de Jesus no assassinato dos assassinato dos irmãos Luiz Otávio, de 7 anos, e Ayla Luciene, de 5 anos, em Bonópolis. A princípio, como foi noticiado Diário do Estado, os investigadores ligavam o homem ao caso, após ele ser visto andando de moto com o autor do crime Reginaldo Barbosa, de 37 anos, no dia do homicídio.

Além disso, segundo a polícia, José tinha interesse em namorar a mãe das crianças. Inclusive, teria mandado mensagens para a mulher antes do crime.

O inquérito policial, concluído na semana passada, apontou que havia DNA de Reginaldo nos corpos de irmãos. No entanto, a perícia não encontrou material genético de José no local do crime, por isso, a participação dele nas mortes foi descartada.

Entretanto, ele foi indiciado por posse ilegal de arma de fogo, uma vez que uma espingarda foi encontrada quando a polícia fez buscas por Reginaldo na casa dele.

Vale lembrar, que o autor do crime morreu no dia 10 de Julho, na zona rural de Bonópolis, após uma ação de buscas feitas pela Polícia Militar (PM).

Tragédia em Bonópolis

Os irmãos Luiz Otávio e Ayla foram mortos no dia 6 de julho deste ano. Na ocasião, o menino foi encontrado na casa em que morava com a mãe e a irmã. A menina, por outro lado, foi achada numa mata a 200 metros da residência da família. Pessoas que vivem na região contaram que a mãe estava trabalhando e, quando chegou em casa, encontrou o filho morto e não achou a filha.

Após isso, vizinhos disseram à mãe que viram um homem saindo da residência com um saco na mão. A PM foi chamada e encontrou o corpo da menina na mata.

O caso gerou uma grande comoção em todo o Estado. Inclusive, a família das crianças recebeu uma visita do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que na época acabara de perder o filho velho.

Primeira-dama leva palavras de conforto para família de crianças mortas, em Bonópolis (Foto: Divulgação/ Secom GO)

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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