Polícia desmantela quadrilha que extorquia vítimas pelo social; golpe rendeu R$ 1 mi via PIX

Polícia prende quadrilha que extorquia vítimas usando informações postadas em
redes sociais; golpistas arrecadaram R$ 1 milhão via PIX

Criminosos priorizavam moradores de comunidades, que acusavam de serem
informantes da polícia e eram ameaçados de morte. Quadrilha é investigada desde
2022.

1 de 1 Operação da Polícia Civil prendeu pessoas que extorquiam vítimas usando
informações postadas em redes sociais — Foto: PCPE/Divulgação

Operação da Polícia Civil prendeu pessoas que extorquiam vítimas usando
informações postadas em redes sociais — Foto: PCPE/Divulgação

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu na manhã desta terça-feira (3) parte de
uma quadrilha que usava informações postadas em redes sociais para chantagear e
extorquir pessoas de todo o Brasil. Os alvos eram, na maioria, moradores de
comunidades e favelas – que eram falsamente acusados pelos bandidos de serem
informantes da polícia e por isso eram ameaçados de morte. A quadrilha extorquiu
uma quantia estimada em R$ 1 milhão.

Segundo o delegado Adyr Martens, da Delegacia de Paulista, no Grande Recife, os
bandidos exigiam transferência de dinheiro via PIX para contas bancárias que
eram emprestadas por esposas de presidiários e outras pessoas que “alugavam” as
contas para receber os valores.

> “Eles escolhiam, de preferência, pessoas de comunidades e alegavam que eram
> X-9 (delatores) e por isso deveriam pagar para preservar a vida. Não se
> importavam se a pessoa vivia com pouca renda, ou se faria empréstimo para
> pagar o valor exigido”, explicou o delegado.

Segundo Adyr Martens, das 15 pessoas investigadas, seis foram presas nesta
terça, inclusive um ex-presidiário de 33 anos, condenado por homicídio e que
estava em liberdade desde 2023. Ele foi capturado em São Paulo e fazia parte de
uma facção suspeita de homicídios.

Também foi presa uma mulher de 27 anos, que já foi acusada de tentar entrar num
presídio com um celular, por tráfico de drogas e por maus tratos e cárcere
privado contra idosos. Ela alegou inocência e disse que o ex-marido administrava
sete contas bancárias dela para realizar os golpes.

De acordo com o delegado Adyr Martens, o que fazia as pessoas caírem no golpe
era a quantidade de detalhes que os bandidos conseguiam sobre o cotidiano delas.
Mas após observarem o que a quadrilha falava para as vítimas, a polícia percebeu
que todas as informações foram coletadas em redes sociais.

“As pessoas colocavam informações pessoais demais nas redes sociais. Diziam
detalhes da vida, onde os filhos estudavam, que lugares frequentavam, onde
trabalhavam e moravam. Com uma breve leitura, eles sabiam muitos detalhes sobre
a vida da pessoa. Por isso a gente orienta para não publicar detalhes da vida
pessoal na internet. Quanto mais informações os bandidos conseguem arrecadar,
mais veracidade eles conseguem dar ao golpe e isso gera uma repercussão nas
vítimas, que acabam cedendo às chantagens” alertou o delegado.

Monitor da Violência: Mais polícia nas ruas não significa menos violência, diz
pesquisador

VÍDEOS: MAIS VISTOS DE PERNAMBUCO NOS ÚLTIMOS 7 DIAS

50 vídeos

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Incêndio em barreira assusta moradores na Zona Norte do Recife no Natal: moradores tentam controlar fogo.

Um incêndio atingiu uma barreira na Zona Norte do Recife, deixando os moradores assustados na noite de Natal. Imagens enviadas à TV Globo mostram o fogo se espalhando bem próximo das casas, porém, ninguém ficou ferido durante o incidente.

O ocorrido se deu no bairro de Nova Descoberta, e as imagens compartilhadas mostram o fogo se propagando ao redor das residências, o que gerou pânico entre os moradores locais. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 2h15 da madrugada de quarta-feira e enviou uma viatura para combate ao incêndio.

Uma moradora, a aposentada Lúcia Ferraz, relatou ter visto as chamas se espalhando na barreira desde as 22h do dia anterior e que acionou os bombeiros diversas vezes, porém, a corporação demorou a chegar ao local. Ela descreveu o momento de desespero ao perceber o cheiro da fumaça e ver o fogo se alastrar pela encosta.

Segundo Lúcia, o fogo começou no mato, atingiu a lona de plástico que cobre a encosta e acabou se alastrando até o telhado e a parede de uma residência vazia. Vizinhos se uniram para tentar controlar o incêndio com água, enquanto a moradora temia pela segurança de seu filho diante da situação.

O G1 tentou contato com o Corpo de Bombeiros para comentar sobre a demora no atendimento da ocorrência, mas até o momento da última atualização da reportagem, não houve resposta. A preocupação dos moradores e a falta de prontidão no atendimento em situações de emergência demonstram a importância da prevenção e AÇÃO rápida diante de eventos como esse.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp