Polícia diz que Lázaro Barbosa pode estar ferido após troca de tiros

Em uma entrevista coletiva na noite desta quinta-feira (17), o Secretário de Segurança Pública do estado de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que Lázaro Barbosa pode está ferido. De acordo com o titular da pasta, ele foi visto usando um pano vermelho que poderia servir como torniquete ou para amarrar um ferimento.

Rodney afirmou também que não acredita que o criminoso tenha conseguido fugir para Águas Lindas de Goiás. Para o secretário, ainda a uma maior possibilidade que ele esteja na mata.

“Não acreditamos, a distância é muito grande. Mas não estamos descartando nada. Estamos administrando uma situação complexa de um indivíduo extremamente perigoso”. diz o secretário.

Rodney Miranda também aproveitou a ocasião para desmentir uma série de informações falsas que andam circulando sobre o caso. Ele desmentiu que Lázaro havia se entregado ou que um cão farejador tenha sido ferido durante uma troca de tiros. Mas, o secretário confirmou que Lázaro foi visto pelo menos duas vezes e que houve um confronto.

Sobre a previsão de captura, o titular foi cauteloso e não afirmou quando pode realmente acontecer.

“Podemos afirmar quando ele vai ser preso? Não. Na última situação, ele ficou 15 dias na Bahia e só foi capturado porque estava baleado”.

Dez dias de buscas

A polícia entra hoje no décimo dia de buscas pelo suspeito de matar quatro pessoas e ferir três em Ceilândia, no Distrito Federal.

São mais de 200 policias de Goiás, DF e do governo federal a busca de Lázaro que segue escondendo em regiões de mata.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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