Polícia estoura laboratório de medicamentos ilegais no interior de Goiás

A Polícia Civil de Inhumas desmontou na noite de ontem (16) um laboratório de medicamentos ilegais na cidade. Segundo informações da polícia, as investigações duraram seis meses e no momento da ação haviam três pessoas no depósito que continha 50 mil comprimidos de diclofenaco (resodic 50 mg) usado de forma ilegal.

O proprietário dos produtos, Rômulo Gonçalves de Morais, foi preso em flagrante em sua casa. De acordo com o delegado responsável pela operação, Humberto Teófilo, o homem adquiria os medicamentos no mercado negro, reembalava e colocava novamente em circulação. Os funcionários que trabalhavam no laboratório eram contratados de forma informal.

Na investigação também foram apontados indícios que Rômulo poderia estar utilizando os anti-inflamatórios como produtos naturais, causando prejuízo aos consumidores e a saúde pública.

Os medicamentos revendidos por Rômulo foram proibidos pela Anvisa de circulação.

O acusado já havia sido indiciado no ano passado por manter uma farmacia clandestina que vendia produtos naturais sem registro na Anvisa. Ele também responde por tráfico de drogas e receptação.

.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp