Polícia Federal apreende avião com ouro avaliado em mais de R$ 3,4 milhões

Nesta quinta-feira, a Polícia Federal apreendeu um avião que transportava ouro avaliado em mais de R$ 3,4 milhões após um pouso forçado em Cuiabá. O piloto Hamilton Lopes da Conceição, de 77 anos, e o copiloto Luiz Fellype Messias Castro foram presos e devem passar por audiência de custódia nesta sexta-feira.

A operação resultou na apreensão de 8 kg de ouro, com um valor estimado de R$ 3.428.320,00. O voo, que partiu de Redenção, no interior do Pará, era clandestino e operava sem plano de voo, além de estar com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) vencido.

De acordo com a Polícia Federal, o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) flagrou o avião após o pouso fora do local previsto devido à falta de combustível. O piloto havia planejado aterrissar em uma pista de uma empresa privada, mas, incapaz de localizar o aeródromo e com pouco combustível, foi forçado a pousar em uma chácara no bairro Pedra 90, em Cuiabá.

Os envolvidos foram autuados pelo crime previsto no artigo 261 do Código Penal Brasileiro, que trata da exposição de perigo a embarcações ou aeronaves, com pena de dois a cinco anos de reclusão. A Polícia Federal investiga a origem do ouro, que foi extraído ilegalmente no Pará, e continua a busca pelo proprietário da carga.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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