Polícia Federal apreende R$1,7 milhão ligado a prefeito suspeito de propina

policia-federal-apreende-r2412C7-milhao-ligado-a-prefeito-suspeito-de-propina

Durante a Operação Copia e Cola, a Polícia Federal apreendeu um montante de R$
1,7 milhão em dinheiro vivo, que estava associado ao prefeito de Sorocaba, Rodrigo
Manga (Republicanos), sob suspeita de envolvimento em um esquema de propina por
meio de uma organização social (OS) contratada pela Secretaria de Saúde. A investigação da PF se concentrou na contratação emergencial da Organização Social ACENI, atualmente denominada Instituto de Atenção à Saúde e Educação (IASE), durante o primeiro mandato de Manga em 2021.

Os endereços ligados aos diferentes alvos da Operação Copia e Cola nas cidades
de Itu, Sorocaba, Santos, Araçoiaba da Serra e São Paulo foram alvos da apreensão
do montante em dinheiro. A PF descobriu indícios de que Manga teria recebido propina por meio de transações de imóveis e depósitos em espécie a operadores financeiros, incluindo Marcos Mott, um amigo do prefeito também alvo da operação.

Transações suspeitas foram identificadas entre o esquema de propina e uma igreja
ligada à cunhada do prefeito e seu marido, ambos se identificam como bispos. Em um veículo ligado ao casal, a PF encontrou caixas contendo R$ 863 mil em dinheiro vivo, além de contabilizar dinheiro confiscado em um cofre.

A OS que esteve envolvida no esquema é controlada, na verdade, pelos empresários
Paulo Korek e Anderson Luis Santana, donos de empresas subcontratadas pela entidade. Korek, também presidente do Água Santa, time de futebol de Diadema, e Santana, com histórico de prisão por tráfico de cocaína, foram apontados como responsáveis pela OS.

Além de Manga, o ex-secretário de Saúde Vinicius Rodrigues também foi alvo das
buscas da PF. Em nota, Manga afirmou que está colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos rapidamente e destacou que a operação acontece em um momento de grande projeção de seu nome. A defesa do prefeito nega qualquer envolvimento em atividades ilícitas e critica a atuação da PF na investigação.

A defesa de Manga alega que a PF tenta realizar uma ‘pesca probatória’ ilegal
para investigar o prefeito, o que é proibido pela legislação. A preocupação com o
uso político da força policial foi levantada pela defesa, que enfatiza a necessidade de evitar a manipulação do Poder Judiciário. A se manter informado sobre o desenrolar dos acontecimentos em DE, siga o perfil do Metrópoles SP no Instagram e compartilhe denúncias ou sugestões de reportagens sobre São Paulo através do WhatsApp do Metrópoles SP.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp