Polícia Federal cumpre mandados na Operação Pasto Oculto para combater desmatamento e grilagem de terras

A Polícia Federal (PF) cumpriu cinco mandados de busca e apreensão durante a Operação Pasto Oculto, deflagrada nesta terça-feira (10) no Amazonas e no Paraná. A ação tem como objetivo combater o desmatamento e grilagem de terras, sendo parte de um esforço para preservar o meio ambiente e combater crimes ambientais. Agentes da PF cumpriram três mandados no município de Tapauá, interior do Amazonas, e dois mandados em Curitiba, capital do Paraná. Durante a operação, foram apreendidas joias, uma grande quantidade de esmeraldas e obras de artes com certificados de autenticidade.

De acordo com as informações divulgadas, a investigação teve início por meio do cruzamento de dados de alertas, feitos por programas periciais avançados, que indicaram a localização de corte ilegal de árvores. O Projeto Pericial Tukano da Polícia Federal foi fundamental para identificar o desflorestamento de grandes extensões, com mais de 2.000 hectares, em três fazendas no sul do estado do Amazonas.

Além da falta de licença ambiental para supressão da vegetação nas áreas analisadas, a PF apurou um dano ambiental acima de R$ 170 milhões de reais. Como parte das medidas adotadas pelo órgão, serão sequestrados bens correspondentes ao valor do prejuízo ambiental estimado, conforme anunciado pela Polícia Federal.

Na investigação, estão sendo apurados os crimes de desmatamento, invasão de terras da União e lavagem de dinheiro, que podem resultar em penas somadas de até 17 anos de prisão. A ação da PF visa coibir atividades ilegais que prejudicam o meio ambiente e o ecossistema da região, impactando diretamente a biodiversidade e a qualidade de vida das comunidades locais.

É fundamental o trabalho conjunto entre os órgãos de segurança e ambientais para combater práticas criminosas como desmatamento, grilagem de terras e exploração ilegal de recursos naturais. A sociedade deve estar atenta e colaborar com as autoridades denunciando atividades suspeitas que possam resultar em danos ambientais e prejuízos irreparáveis para o meio ambiente.

A atuação da Polícia Federal na Operação Pasto Oculto demonstra o compromisso das autoridades em proteger o patrimônio ambiental e combater crimes que afetam diretamente a sustentabilidade da região. É importante conscientizar a população sobre a importância da preservação ambiental e da adoção de práticas sustentáveis para garantir um futuro mais equilibrado e saudável para as gerações futuras.

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Buscas pelo avião desaparecido PT-JCZ cobrem 840 km² de floresta

As buscas aéreas pelo avião de matrícula PT-JCZ, desaparecido nas proximidades de Manicoré no Amazonas, já cobriram 840 km² de floresta desde o último sábado (21). Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a operação segue concentrada na região, com 11 horas e 42 minutos de voo entre os dias 21 e 23 de dezembro. Ainda não houve avistamento da aeronave. As buscas pelo avião desaparecido, que estão sendo lideradas pela FAB desde sexta (20), contam com o apoio de equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Na terça (24), véspera de Natal, o Governo do Estado informou que enviou uma nova equipe de bombeiros, com cães farejadores, para auxiliar nas buscas.

A missão, que conta com o apoio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), está focada na área ao redor de Manicoré, onde o avião desapareceu. A FAB mantém mobilizados seus recursos para ampliar a área de busca e localizar o avião. O piloto do avião, Rodrigo Boer Machado, de 29 anos, é um dos tripulantes desaparecidos. Natural de Fernandópolis (SP) e residente em São José do Rio Preto (SP), ele viajou ao Amazonas a trabalho, mas não deu detalhes sobre a missão. Enquanto a FAB segue com as buscas, familiares aguardam notícias.

Na sexta-feira (20), dia do desaparecimento do avião, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) informou, em nota, que não havia sido notificado sobre qualquer ocorrência aeronáutica na região. No entanto, na segunda-feira (23), a FAB afirmou que realizou três horas de voo em busca da aeronave. No dia anterior, as operações foram atrasadas pela manhã devido às condições meteorológicas desfavoráveis, mas foram retomadas à tarde, cobrindo mais 550 km² de área sobrevoada. A FAB também confirmou que a aeronave não possuía plano de voo registrado e não foi detectada pelos radares de controle de tráfego aéreo.

O avião desapareceu próximo à comunidade Boca do Rio, a cerca de 7 km da sede de Manicoré, mas a localização exata ainda não foi confirmada devido à dificuldade de acesso na região. Uma moradora relatou à Prefeitura de Manicoré que ouviu um barulho estranho vindo da aeronave que sobrevoava o local e, segundos depois, escutou um forte estrondo. Enquanto as buscas continuam e a angústia dos familiares cresce, a FAB mantém seus esforços para encontrar a aeronave e seus tripulantes. O DECEA e demais instituições seguem empenhados em contribuir com a operação em curso.

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