Polícia Federal de Curitiba cumpre mandado de apreensão contra ”rei da Bitcoin”

A Polícia Federal deflagrou em Curitiba, na manhã desta segunda-feira (5) a Operação Daemon para aprofundar as investigações sobre crimes falimentares, corrupção, lavagem de dinheiro, organizações criminosas e crimes que colocam em risco a economia pública e o sistema financeiro nacional.

Além de ordens de prisão preventiva e quatro ordens de prisão temporária, o tribunal emitiu um total de 22 ordens de busca e apreensão. A 23ª Vara Federal de Curitiba também ordenou o confisco de bens e o congelamento de valores foram apreendidos Lamborghini e veículos de luxo, imóveis serão vendidos para tentar reaver R$ 1,5 bilhão de prejuízo que grupo causou em investidores. As investigações apontam que os recursos transferidos ao grupo pelos clientes eram, na verdade, transferidos aos líderes da organização. A investigação teve início em 2019, depois que a organização apresentou um relatório policial afirmando que foi vítima de um ataque cibernético. Naquela época, o valor de todos os credores estava bloqueado pela empresa que controlava as três corretoras.

Foto reprodução: Polícia Federal
Foto reprodução: Polícia Federal

No decorrer da investigação, a polícia civil e a Secretaria de Relações Públicas do Estado do Paraná suspeitaram que o ataque cibernético era falso e que a organização cometeu crimes como corrupção. Segundo a PF, o suspeito não colaborou com o inquérito policial. Ainda em 2019, o tribunal concedeu pedido de recuperação judicial ao grupo, interrompendo as ações cíveis em andamento da empresa. Mesmo assim, no ano seguinte, a investigação apurou que o grupo havia negociado contratos coletivos de investimento sem estar registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Portanto, PF começou a investigar o caso.

A investigação levantou suspeitas de que os líderes do grupo transferiram o valor dos clientes para seu próprio benefício. Para atrair investidores, os suspeitos exibiam bens de luxo e realizaram eventos de grande porte. Segundo a PF, o líder da entidade foi condenado por corrupção e falsificação de documentos na Suíça.

Foto reprodução: Policia Federal

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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