Polícia Federal desarticula quadrilha de tráfico internacional de drogas em Goiás

Polícia Federal cumpre mandados contra o tráfico internacional de drogas em Goiás

A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta quinta-feira, 1º, mandados de busca e apreensão no combate ao tráfico internacional de drogas. Entre os locais com alvos, estão três cidades goianas e uma sul-mato-grossense. A Operação Galopeira identificou que indivíduos que contrabandeavam produtos do Paraguai passaram a traficar produtos químicos controlados para o Brasil.

A Operação Galopeira contra o tráfico

tráfico internacional de drogas
Dinheiro apreendido (Foto: PF)

A investigação da Operação Galopeira tem como alvo indivíduos que contrabandeavam produtos como cigarros e agrotóxicos. Essas mesmas pessoas começaram a participar do tráfico de produtos como fenacetina, lidocaína e cafeína, que são adicionados à cocaína pura com o objetivo de aumentar a quantidade da droga e maximizar o lucro dos traficantes.

Essas substâncias possuem a forma de pó branco e causam efeito anestésico ou estimulante do sistema nervoso central. De acordo com as informações da PF, os criminosos transportavam esses produtos dentro de caixas de agrotóxicos. A ideia era de que, caso se envolvessem em uma situação de flagrante, poderiam alegar que não sabiam da presença dos produtos químicos nas caixas.

Com isso, a pena por contrabando seria consideravelmente menor. Por traficar insumos com o intuito de impulsionar o tráfico de drogas no Brasil, os indivíduos podem pegar até dez anos de prisão.

Além de cumprir os 19 mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Trindade, Rio Verde e Ponta Porã-MS, a PF apreendeu dinheiro e carros de luxo e bloqueou as contas bancárias dos suspeitos na Operação Galopeira.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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