Polícia Federal desmantela esquema de corrupção no presídio de Igarassu em Pernambuco: entenda o caso e seus desdobramentos

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A Polícia Federal prisoneiro ainda é um assunto que desperta a atenção e
mobiliza a opinião pública. A mais recente ação policial nesse sentido
aconteceu em Pernambuco, onde a segunda fase da Operação La Catedral resultou
na prisão de André de Araújo Albuquerque, ex-secretário executivo de Administração
Penitenciária e Ressocialização do estado. A investigação mirava um esquema de
corrupção conhecido como ‘resort do crime’, que operava no sistema prisional de
Pernambuco, especialmente no presídio de Igarassu, no Grande Recife.

André Albuquerque, que já ocupou o cargo de superintendente de segurança
prisional, foi preso nesta terça-feira (8) em mais um desdobramento da operação.
Essa fase da investigação já havia revelado um esquema de propinas e troca de
regalias que incluíam festas dentro da unidade prisional, com churrasco, bebidas
alcoólicas, música e até a entrada facilitada de garotas de programa. Essas
ações ilegais, conduzidas por agentes penais e outros servidores do presídio,
denotam uma grave falha no sistema de segurança e controle prisional em
Pernambuco.

No desenrolar da Operação La Catedral, mais elementos foram sendo agregados à
investigação. Na primeira fase, nove pessoas foram presas e ocorreram 12
mandados de busca e apreensão em diferentes municípios de Pernambuco e até no
Mato Grosso do Sul. Entre os itens apreendidos, destaca-se uma mala cheia de
dinheiro, armas e pen drives, evidenciando o alcance e a complexidade do esquema
de corrupção desmantelado pela Polícia Federal.

Dentro do presídio de Igarassu foram evidenciadas não apenas as regalias
indevidas concedidas aos detentos, mas também a prática de crimes como tráfico
de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção, entre outros. Os presos, através do
pagamento de propinas aos policiais penais, conseguiam influenciar
transferências, receber visitas em horários irregulares e até produzir drogas
dentro da própria unidade prisional.

Os desdobramentos e investigações da PF também apontaram para a existência de
uma organização criminosa dentro do presídio, responsável por práticas ilícitas
e pela facilitação de entrada de objetos e pessoas não autorizadas na unidade.
Essa situação escancara a fragilidade do sistema penitenciário e a necessidade
urgente de medidas eficazes para coibir a corrupção e as atividades criminosas
que ocorrem dentro das instituições prisionais em todo o país.

Em um panorama mais amplo, o caso do esquema de corrupção no presídio de
Igarassu em Pernambuco destaca a importância do combate sistemático e efetivo
contra práticas ilícitas dentro do sistema carcerário. A atuação da Polícia
Federal nesse contexto é fundamental para desmantelar organizações criminosas
que operam de dentro das prisões, comprometendo não apenas a segurança pública,
mas também a credibilidade das instituições responsáveis pela execução penal.

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