A Polícia Federal divulgou informações sobre um suposto plano de golpe envolvendo militares com o intuito de assassinar o presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. De acordo com o relatório da PF, o plano previa um orçamento de R$ 100 mil para o deslocamento de militares do Rio de Janeiro para Brasília, visando aumentar o efetivo na capital e consumar o golpe.
Segundo a investigação, houve troca de mensagens entre o ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e o major Rafael Martins de Oliveira, evidenciando um planejamento que envolvia despesas com hospedagem, alimentação e materiais, totalizando R$ 100 mil. Além disso, os interlocutores mencionaram a possibilidade de recrutar mais pessoas do Rio de Janeiro para apoiar as ações.
O diálogo sobre o orçamento foi revelado graças a uma falha no aplicativo de mensagens do Exército, levando os envolvidos a utilizarem o WhatsApp, onde as conversas foram interceptadas pela Polícia Federal. Em paralelo, a PF identificou que militares estiveram na residência de Alexandre de Moraes em Brasília, com um plano que incluía sequestro e assassinato do ministro, conhecido por ser um opositor do governo Bolsonaro.
Na sequência dos acontecimentos, a PF concluiu um inquérito que resultou no indiciamento de diversos envolvidos, incluindo o ex-presidente, generais, ex-ministros e o presidente nacional do PL. O presidente Bolsonaro se manifestou criticando a atuação do ministro Alexandre de Moraes no inquérito, alegando manipulação de depoimentos e prisões sem denúncia, e destacou que a luta agora se inicia na Procuradoria-Geral da República.
Em meio aos desdobramentos do caso, fica evidente a gravidade das informações reveladas pela Polícia Federal, que apontam para a articulação de um golpe de Estado envolvendo militares e figuras políticas de destaque. A investigação continua em andamento, com desdobramentos que podem trazer novos fatos à tona e repercutir amplamente na esfera política e jurídica do país. É fundamental acompanhar de perto o desenrolar dessa situação e aguardar as decisões da justiça em relação aos envolvidos.