Polícia Federal indicia influenciador Renato Cariani por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Polícia Federal indicia o influenciador Renato Cariani por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal concluiu o inquérito que investiga o influenciador e empresário  Renato Cariani e outras duas pessoas por suposto envolvimento com o tráfico de drogas. De acordo com a investigação, que começou em março de 2023, ele usava sua empresa, a Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda, para desviar desvio de produtos químicos para a fabricação de drogas como cocaína e crack.

Com o fim da investigação, o influencer foi indiciado por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Além dele, Roseli Dorth, sócia de Renato, e Fabio Spinola, amigo do empresário, também foram indiciados. Na denúncia da PF, encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), não há pedido de prisão preventiva do trio, que poderá aguardar o julgamento em liberdade.

Em nota, a defesa de Cariani informou que “o indiciamento ocorreu de forma precipitada, em 18 de dezembro de 2023, antes mesmo de Renato ter tido a oportunidade de prestar esclarecimentos.” Dizem, ainda, que as conclusões da Autoridade Policial expostas no relatório são equivocadas, e vêm sendo contraditórias no curso do procedimento.”

Ciente

De acordo com a PF, a empresa do empresário falsificava notas fiscais de venda para grandes laboratórios do setor farmacêutico, mas esses insumos iam parar nas mãos de traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que usavam os produtos para a produção de cocaína e crack. A investigação concluiu que o influencer sabia do esquema que ocorria dentro da Anidrol e participava ativamente das negociações. Interceptações telefônicas e trocas de mensagens comprovariam a acusação.

O esquema teria durado entre 2014 e 2021 e Cariani pode ter usado 60 notas fiscais para garantir a operação de desvio de insumos para a produção de drogas. Segundo a polícia federal, em seis anos foram desviadas algo em torno de 12 toneladas de acetona, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, éter etílico, fenacetina e manitol.

A conclusão do inquérito foi revelado pelo G1 e confirmado pela Folha.

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