A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a atuação do crime organizado no Rio de Janeiro, conforme anunciou o diretor-geral Andrei Rodrigues. O foco principal desta investigação, segundo o anúncio feito por Alexandre de Moraes na quarta-feira, será atingir a estrutura financeira das facções. Este é um passo importante no combate à criminalidade no estado, visando reduzir a violência e retomar áreas dominadas por grupos criminosos.
O ministro Alexandre de Moraes se reuniu com o governador do Rio, Cláudio Castro, para discutir as ações de combate ao crime organizado. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), serão investigadas duas frentes relacionadas ao crime no RJ: esquemas de lavagem de dinheiro de facções e milícias, além da infiltração de organizações criminosas no poder público. Essa análise irá contribuir significativamente para o desmantelamento destes grupos criminosos.
Durante a audiência pública sobre segurança no estado, Moraes reforçou a importância de atingir a estrutura financeira das facções como etapa essencial para combater a violência. A investigação em andamento terá ênfase no rastreamento financeiro das facções e milícias, visando desestruturar suas operações ilegais. Além disso, Moraes solicitou imagens das operações recentes no Rio para verificar possíveis abusos de força policial.
Um dos problemas apontados pelo ministro foi a falta de autonomia e estrutura da perícia oficial do Rio, que atualmente é subordinada à Polícia Civil. Esta situação compromete a independência das investigações e, portanto, é necessário fortalecer a atuação da perícia de forma a garantir um trabalho técnico-científico imparcial e eficiente. Moraes também defendeu o fortalecimento do controle externo da atividade policial pelo Ministério Público, como forma de garantir uma atuação preventiva e independente.
Para recuperar territórios dominados por facções e milícias, Moraes ressaltou a importância de o Estado apresentar estratégias claras, combinando repressão financeira, inteligência policial e presença constante do poder público. Ele destacou que não há segurança pública duradoura sem a ocupação e devolução desses espaços à população. Portanto, é fundamental um esforço conjunto das autoridades para enfraquecer o crime organizado e garantir a segurança da população carioca.




