Rivaldo, ex-jogador da seleção brasileira, e Rafaella Santos, irmã de Neymar, são suspeitos de colaborar financeiramente com atos golpistas. Eles estão na mira de uma investigação que o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza há dois anos sobre uma milícia digital ligada a aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Uma linha de investigação sugere que a milícia digital pode ter orquestrado e incentivado a tentativa de golpe de estado de 8 de janeiro.
Esta organização, de forma coordenada, utiliza informações falsas para minar as instituições democráticas, fomentando ataques nas redes sociais contra políticos, juízes e adversários. Alguns acusados tiveram prisão preventiva decretada, enquanto outros optaram por fugir do Brasil.
Ex-jogador da seleção brasileira, Rivaldo acusado de colaborar com R$ 50 mil. Até o momento, não há evidências de que sua doação financiou a invasão e depredação de prédios públicos.
Depois da derrota do ex-presidente, o pentacampeão comparou o resultado da eleição à eliminação do Brasil na Copa de 1998. “A luta continua e não vamos parar pois muita coisa ainda vai acontecer até o 31/12/2022”, escreveu o ex-jogador.
Rafaella Santos, irmã do jogador Neymar, manifestou apoio a Bolsonaro após a vitória do presidente Lula (PT) nas urnas. Acusada de fazer doações à milícia digital, o que foi negado por ela e pelos envolvidos.
Diferentemente do irmão, Rafaella tem um perfil mais reservado quando o assunto é política. Neymar chegou a gravar vídeos de apoio que foram usados na campanha do ex-presidente.
Os advogados de Rivaldo afirmam sua inocência, enquanto a assessoria de Rafaella nega qualquer conhecimento ou repasse de recursos.
Uma terceira figura conhecida envolvida é cantor Salomão Vieira, um dos organizadores dos ataques, continua foragido, e a PF busca entender como o dinheiro doado por Rivaldo e Rafaella foi parar nos acampamentos golpistas.