A Polícia Federal realizou a prisão de oito suspeitos no último sábado (14) por envolvimento em conflitos na disputa de liderança na Terra Indígena Carreteiro, localizada em Água Santa, no Norte do RS. De acordo com a PF, os presos fazem parte de grupos rivais que disputam o controle da região e são responsáveis por crimes como homicídio, formação de milícia, entre outros.
Durante a operação, os suspeitos foram detidos em flagrante portando armas ilegais na terra indígena. A comunidade enfrenta um intenso conflito armado entre os dois grupos rivais, que resultou em um homicídio em outubro deste ano, além de tentativas de assassinato, incêndios e uso de armas de fogo de calibre restrito. A região possui um histórico de crimes relacionados à disputa.
Os nomes dos presos não foram divulgados, porém, eles foram detidos por posse de arma e uso de rádio transmissor durante a operação da PF. Além disso, foram apreendidas armas e munições utilizadas nos crimes, e os investigados enfrentam acusações graves, como homicídio e constituição de milícia privada.
A Polícia Federal também cumpriu três mandados de prisão preventiva contra indígenas envolvidos nos conflitos, os quais já se encontram recolhidos no sistema penitenciário. As investigações continuam em andamento com o objetivo de identificar e prender todos os envolvidos nos crimes. A TI Carreteiro já foi palco de dois graves conflitos nos anos de 2020 e 2021, levando a duas operações policiais na área para conter a violência e deter os responsáveis.
A presença de milícias armadas formadas por caciques nas aldeias indígenas da região tem contribuído para a disseminação do medo e do terror entre os moradores. O envolvimento desses grupos em conflitos armados tem resultado em crimes graves e na necessidade de ações enérgicas por parte das autoridades para garantir a segurança da população local e coibir as práticas criminosas.
As ações da Polícia Federal visam combater a atuação dessas milícias armadas e garantir a ordem e a paz nas terras indígenas da região. O trabalho de investigação e repressão continua para desarticular esses grupos criminosos e responsabilizar os envolvidos pelos seus atos. A segurança e a proteção dos povos indígenas são prioridades das autoridades responsáveis por fazer valer a lei e a justiça em prol da sociedade como um todo.