Polícia Federal prende secretário estadual de administração Penitenciária do RJ

Polícia Federal prende secretário estadual de administração Penitenciária do RJ

A Polícia Federal prendeu, no início da manhã desta terça-feira (17), na operação Simonia, o secretário estadual de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro. Também foram presos por agentes da Polícia Federal dois subsecretários da pasta, Wellington Nunes da Silva, da gestão operacional, e Sandro Farias Gimenes, superintendente. A ação teve como objetivo desarticular um esquema criminoso na cúpula da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).

A ação acontece após a retirada de cela do principal chefe da maior facção criminosa do estado, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, do Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, em 28 de maio deste ano. O pedido foi feito por Montenegro, que fez uma visita à penitenciária para uma conversa com o detento no pátio. O fato chamou a atenção da direção da unidade prisional.

Outro alvo dos agentes foi a sede da Seap, que fica no prédio da Central do Brasil, no Centro do Rio. Os agentes foram à Central de Monitoramento e apreenderam todas as imagens das unidades prisionais a que Montenegro visitou nos últimos meses. Um funcionário da Seap disse ao GLOBO que todos os servidores da pasta foram proibidos de subirem para o andar onde funciona a secretaria.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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