Polícia impede tentativa de resgate de preso em Caldas Novas

Com informações compartilhadas entre a Polícia Civil, Serviço de Inteligência da Polícia Militar e uma equipe da Unidade Prisional de Caldas Novas impediu o plano de resgate do preso Rodrigo Walerson de Oliveira, no último domingo. Segundo informações, o preso iria simular que estaria passando mal e com isso forçar sua transferência para a unidade de saúde, onde de acordo com o plano seria resgatado.

A equipe da unidade prisional apreendeu o celular que o reeducando fez contato com comparsas para ser resgatado. Após o monitoramento, a Polícia Civil identificou a residência onde estavam três criminosos.

Marcelo Rodrigo Batista, foragido da Unidade Prisional de Aragoiânia; Jarbas Luiz Pereira da Cunha; e Débora Paola de Souza, namorada do homem que seria resgatado, foram presos no local e já estão recolhidos na unidade prisional de Caldas Novas.

Durante a busca foram encontradas duas armas de fogo, uma pistola calibre 380 com numeração suprimida e um revólver 38. Também foram apreendidas camisetas da Polícia Civil e um veículo roubado com sirene. Suspeita-se que os autores se passariam por policiais na hora do resgate.

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A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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