Polícia indicia suspeito de estupro e motorista de aplicativo que abandonou a jovem desacordada

A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG) indiciou por estupro de vulnerável Wemberson Carvalho da Silva, de 47 anos, suspeito de abusar sexualmente a jovem de 22 anos, deixada desacordada na porta de casa, no bairro Santo André, região de Belo Horizonte, no dia 30 de julho.

Através de câmeras de segurança o suspeito foi flagrado levando a vítima no ombro desacordada pelas ruas. Na delegacia, Wemberson não respondeu nenhuma pergunta. O pintor, que tem três filhos e é casado, pode ficar até 15 anos na prisão.

O motorista de aplicativo que deixou a vítima na porta de casa desacordada foi indiciado por abandono de incapaz. A pena pode chegar de 6 meses a 3 anos, porém, não teve solicitação da prisão preventiva do motorista.

Por falta de previsão legal a polícia não indiciou o amigo da jovem e o motociclista que ajudou a retirar a vítima do carro. A corporação informou também que ouviu todos os envolvidos. O laudo toxicológico não está finalizado, mas a Polícia Civil acredita que ela não foi drogada.

Relembre o caso

Uma jovem de 22 anos foi abandonada na rua de casa e levada por um homem suspeito de ter estuprado ela. Câmeras de segurança registraram o caso que ocorreu na madrugada do dia 29 de julho, nas ruas do bairro Santo André, em Belo Horizonte.

A mulher estava no show Tardezinha, do cantor Thiaguinho, no Mineirão, no qual relatou ter bebido muito. Na hora de ir embora, um amigo da vítima chamou um carro de aplicativo, ela fez a viagem sozinha com a corrida compartilhada com o irmão.

Por volta de dez minutos depois, 3h10, o motorista com ajuda de um pedestre, deixa a mulher sentada, encostada em um poste. O condutor do veículo fica por mais alguns minutos tocando o interfone, mas ninguém atende. Cerca das 3h17, ele vai embora e deixa a mulher sozinha e desacordada.

Momentos depois, por volta das 3h22, um homem aparece na rua, em seguida carrega a mulher pelo ombro por alguns quarteirões. A jovem foi encontrada por moradores do local, na manhã seguinte, seminua e foi acordada.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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