Polícia investiga como ex-BBB conseguiu comprar diploma em Goiânia

A Polícia Civil aguarda somente uma informação bancária para concluir o inquérito sobre o ex-BBB Rodrigo Carvalho, de 33 anos, indiciado por usar um diploma falso, em Goiânia. Em depoimento, segundo a corporação, ele confessou ter pago R$ 4,5 mil pelo papel. De acordo com o delegado Eli José de Oliveira, responsável pelo caso e titular do 4º DP, a intenção é descobrir quem teria vendido o documento.

“O inquérito está pronto, Aguardamos somente o resultado de um pedido feito a um banco para nos passar informações. Queremos saber na conta de quem foi depositado o valor para comprar o diploma”, disse o delegado ao G1.

Oliveira preferiu não citar nem o nome da pessoa que teria vendido o diploma ou por qual instituição bancária a transação foi realizada. No entanto, disse que vai encaminhar um novo ofício solicitando os detalhes sobre o depósito “o mais rápido possível”.

O responsável pelo caso diz que já ouviu várias testemunhas e já definiu que vai encaminhar o inquérito à Justiça pedindo que ele responda pelo crime o artigo 304 do Código Penal, que versa sobre uso de documentos falsos. Se condenado, ele pode pegar de 1 a 5 anos de prisão.

DEPOIMENTO
Rodrigo prestou depoimento no dia 10 de fevereiro. Na ocasião, foi acompanhado do advogado Hildebrando Loures de Mendonça. No entanto, o profissional deixou de representar o ex-BBB alegando que o mesmo não teria condições de arcar seus honorários.

Com o diploma falso, Rodrigo tentou se registrar no Conselho Regional de Educação Física da 14ª Região de Goiás e Tocantins (Cref 14/GO-TO). A denúncia foi feita pelo presidente da instituição, Jovino Oliveira. Ao identificar a fraude, o próprio órgão fez a denúncia que levou à investigação.

A Universidade Salgado de Oliveira (Universo), instituição cujo nome constava do diploma, confirmou que Rodrigo nunca estudou lá. Em nota enviada ao G1, a unidade de ensino relata que “não consta registro acadêmico do Sr. Rodrigo na Instituição”.

Mesmo após ser indiciado, o ex-BBB também segue trabalhando como estagiário na academia Body Gyn, como informou a gerência da unidade. O estabelecimento afirma que não foi notificado a respeito do indiciamento e só tomará qualquer decisão “a partir do momento que souber o que aconteceu”.

*Fonte: G1
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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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