Polícia investiga desafio pela internet que resultou na morte de criança: alerta para pais e responsáveis

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Polícia instaura inquérito após morte de criança em desafio pela internet

Uma menina, de 8 anos, deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) com parada cardiorrespiratória, foi reanimada, mas não resistiu. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) instaurou um inquérito, neste domingo (13), para investigar a morte da criança, que participou do “desafio do desodorante”, que começou a circular nas redes sociais.

No último dia 10, a criança deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no Distrito Federal, após inalar o gás de um desodorante aerossol, que resultou em uma parada cardiorrespiratória. Apesar de ter sido reanimada cerca de uma hora depois, a menina não apresentou reflexos neurológicos, levando à constatação de morte cerebral.

O óbito da criança foi oficialmente declarado no domingo, quando a família também registrou a ocorrência policial. A PCDF está em busca de esclarecer como a menina teve acesso ao conteúdo do desafio e identificar os responsáveis pela sua publicação.

Os responsáveis podem ser responsabilizados por homicídio duplamente qualificado – por emprego de meio capaz de causar perigo comum e por se tratar de uma vítima menor de 14 anos, um crime que pode resultar em uma pena de até 30 anos de reclusão. A morte da criança trouxe à tona mais uma vez a importância de orientar os menores sobre os perigos e consequências de desafios virtuais.

Este caso também reforça a necessidade de conscientização dos pais e responsáveis sobre o monitoramento das atividades online de crianças e adolescentes, a fim de evitar tragédias como essa. Manter um diálogo aberto e supervisionar de perto o que as crianças fazem na internet são medidas essenciais para garantir a segurança e bem-estar dos jovens.

Além disso, é fundamental que empresas de tecnologia, redes sociais e plataformas online adotem medidas mais rigorosas para coibir a propagação de desafios perigosos e conteúdos nocivos, protegendo assim os usuários, em especial os mais vulneráveis. A colaboração de toda a sociedade é fundamental para combater essa prática e prevenir futuras tragédias envolvendo crianças e adolescentes.

A investigação conduzida pela PCDF é de extrema importância para identificar os responsáveis por disseminar tais desafios e garantir que sejam responsabilizados de acordo com a legislação vigente. A morte da menina serve como um alerta para os perigos da influência das redes sociais e da necessidade de proteger as crianças e jovens de conteúdos prejudiciais e potencialmente fatais.

Dessa forma, é essencial que medidas preventivas e educativas sejam adotadas em conjunto pela sociedade, autoridades e instituições, visando informar e conscientizar sobre os riscos associados ao uso irresponsável da internet e das redes sociais. Somente com um esforço coletivo será possível combater eficazmente o avanço desses desafios perigosos e proteger a integridade das crianças e adolescentes em um ambiente digital cada vez mais presente em suas vidas.

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