Polícia investiga falsa psicóloga em Anápolis

A Polícia Civil iniciou uma investigação contra Irene Costa Cardoso Rodrigues, conhecida como doutora Irene Fiod, por suspeita de se passar por psicóloga para aplicar golpes em pacientes, em Anápolis. Em um dos casos, segundo relata o pai de um menino que passou por tratamento com ela, a criança teve diversas reações depois que tomou um medicamento prescrito.

“Ela o diagnosticou com distúrbios mentais e passou um medicamento. Ele tomava o remédio de manhã e antes de ir para escola. Com isso, ele foi parando de comer. Ele, com 6 anos de idade, teve uma desidratação profunda e as vistas ficaram embaçadas”, afirmou o terapeuta holístico Gustavo Carvalho.

A defesa da investigada negou as acusações. “Essas denúncias feitas contra a Irene são por circunstâncias pessoais.  Ela é uma profissional respeitada no ramo, não só aqui na cidade de Anápolis, mas em todo o estado de Goiás pelo profissionalismo e pela ética com que ela pratica sua atividade profissional”, afirmou o advogado Éder Martins.

O Conselho Regional de Psicologia de Goiás afirmou que Irene não possui registro profissional no Cadastro Nacional de Psicólogos e que, em casos de denúncias de exercício irregular da profissão, o órgão apenas acompanha e colabora com as investigações, que ficam a cargo da Polícia Civil.

A Polícia Civil informou, por meio de nota, que instaurou inquérito para apurar os crimes de estelionato e exercício irregular da profissão. “Dezenas de vítimas foram ouvidas. A investigada deve prestar declarações ainda nesta semana e o inquérito deve ser finalizado em breve”.

Oito pessoas denunciaram Irene por usar, de maneira falsa, os títulos de psicanalista e psicóloga pós-graduada em neurologia. Uma das vítimas relatou ter sido coagida a pegar dinheiro emprestado para pagar o tratamento com Irene. “Eu estou devendo R$ 150 mil. Metade do meu salário vai para pagar um tratamento que eu paguei para receber e não recebi”, afirmou.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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