Polícia investiga grupo suspeito de vender cargos falsos no governo estadual

A Polícia Civil do Estado de Goiás, através da 15ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Goiânia, deflagrou nesta quarta-feira, 16, a Operação Influência Fake. A ação policial visou o cumprimento de quatro mandados de prisões temporárias e um de busca e apreensão contra quatro membros de uma associação criminosa voltada para a prática de estelionatos. Segundo apurações, os suspeitos enganavam as vítimas com falsas promessas de obtenção de cargos comissionados junto ao governo estadual.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos captavam interessados em obter vagas em cargos comissionados. Em seguida eram realizadas reuniões e propostos os termos e valores que seriam destinados a alguém com influência junto ao governo estadual para que os cargos fossem obtidos. Durante esses encontros, um novo membro da quadrilha era apresentado aos interessados como sendo a pessoa que teria contatos junto ao governo estadual e que obteria as vagas após o pagamento dos valores solicitados.

Um cirurgião dentista participava da associação criminosa com o objetivo de dar credibilidade ao golpe, já que os encontros eram realizados em seu consultório odontológico. Até o momento, 10 vítimas da quadrilha foram identificadas.

As apurações indicam que os interessados repassavam em média R$ 20 mil aos estelionatários para a obtenção das vagas fictícias. O valor dos prejuízos chega a R$ 200 mil. Os detidos serão indiciados pelos crimes de estelionato e associação criminosa. As penas podem chegar a oito anos de prisão.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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