Ocorreu um homicídio culposo, isso a polícia tem certeza’, diz delegado que investiga engavetamento entre ônibus e dez veículos em Curitiba
Na sexta-feira (13), ônibus apresentou uma redução na capacidade de freios e colidiu contra outros dez veículos. Uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas.
O delegado Edgar Santana, responsável pelas investigações do engavetamento envolvendo um ônibus do transporte coletivo de Curitiba, aguarda a conclusão de uma perícia no veículo para precisar o que causou o acidente e, dessa forma, indicar quem foram os responsáveis por ele.
> “Ocorreu um homicídio culposo, isso a polícia tem certeza. Agora, o responsável ou os responsáveis, a Polícia Civil vai apurar durante a tramitação do inquérito policial”, esclareceu.
Na sexta-feira (13), o ônibus apresentou uma redução na capacidade de freios e colidiu contra outros dez veículos. Uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas.
FALHA MECÂNICA
Horas antes do acidente, o veículo apresentou uma falha mecânica por volta das 8h, na Praça Rui Barbosa, ponto de início e final do itinerário.
Em depoimento à polícia, acessado exclusivamente pela RPC, o motorista afirmou que o problema foi o sistema de ar do veículo, que faz funcionar, por exemplo, as portas e os freios.
“O veiculo estava em perfeito estado. Carreguei os passageiros e fui sentido Praça Rui Barbosa, ponto final lá. Cegando um pouco antes, o ar baixou. Consegui chegar até a praça e travou tudo”, afirmou.
Seguindo o protocolo previsto no contrato de concessão, ele acionou a equipe de manutenção da empresa operadora da linha e realizou uma avaliação no local.
A equipe concluiu que o veículo deveria ficar fora de operação e seguir para a garagem, sem a necessidade de caminhão guincho. Por conta disso, no momento da batida, não haviam passageiros no veículo.
No caminho, houve a troca de motorista. Enquanto dirigia para o pátio, o novo motorista percebeu a redução na capacidade de freios e, buzinando, tentou alertar os motoristas que estavam ao redor. No entanto, não conseguiu impedir o engavetamento.
> “Senti que o carro não respondia mais o freio até aí, então, ele estava normal, funcionando normal e tal. Para evitar uma coisa mais grave, comecei a buzinar para avisar os motoristas da frente. O Fiat Uno, não sei se ele não percebeu, ou coisa parecida, aí veio a colidir nele”, disse, à polícia, o segundo motorista.
Segundo Edgar Santana, as investigações continuam.
“Precisamos, ainda, realizar a oitiva de algumas pessoas, vamos também tomar ciência do protocolo utilizado pela empresa no caso de falhas mecânicas no veículo. O representante legal será intimado a comparecer na nossa unidade policial pra prestar os devidos esclarecimentos”, detalhou o delegado.