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Polícia investiga segundo caso de morte de bebê após injeção em Trindade

Última atualização 11/08/2023 | 11:36

Outra família de Trindade, na região metropolitana da capital, decidiu registrar um boletim de ocorrência denunciando a morte de um bebê de 1 ano e 5 meses após aplicação de uma injeção de dipirona. Caso ocorreu em maio deste ano, mas apenas foi denunciado após a repercussão de uma morte semelhante.

Segundo Carolina Souza Cares, de 23 anos, o filho Charles Souza foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após apresentar sintomas como febre, vômito e secreção no ouvido. Ela teria esperado pela consulta durante três horas, sendo atendida por uma médica que não examinou a criança e receitou uma medicação.

“A gente vem para um lugar achando que vai ter um bom atendimento e sai sem o filho”, desabafou a mãe, em entrevista à TV Anhanguera.

O remédio se tratava de uma injeção de dipirona, que foi aplicada no bumbum da criança. ‘’Eu falei ‘tudo bem’, pois ela sabe mais do que eu. Como que aplica uma medicação em uma criança, que no papel está escrito ‘urgente’, e já manda para casa?”, questionou a mãe. Ainda segundo ela, os profissionais não avaliaram se o bebê teria uma reação alérgica e liberaram a criança. Já em casa, a mãe deu um banho no filho e o colocou para dormir.

Carolyne contou que, após três horas, Charles estava com a boca roxa e desacordado. Ela voltou para o hospital e, após duas horas, foi informada que o bebê havia morrido.

A mãe ainda espera o resultado do laudo com a causa da morte de Charles, três meses após a perda do filho. Ela manifestou o desejo de que o caso seja investigado.

Em nota, a Secretaria de Saúde do município disse que o caso foi acompanhado e que foi constatado que não houve erro médico. A pasta informou que o bebê foi diagnosticado com otalgia médica aguda e, depois de medicado, a mãe foi orientada a volta na unidade caso considerasse ‘’necessário’’.

Ainda segundo a pasta, a família voltou ao hospital de madrugada e Charles apresentava um quadro gravíssimo de febre, além de uma insuficiência respiratória que evoluiu para uma parada cardíaca. “Mesmo se tratando de uma enfermidade clínica atestada pela equipe médica, a Secretaria acompanhou o desfecho desse óbito e constatou que não houve erro médico”, finaliza a nota.

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