Pelo menos quatro vítimas de Jonathan de Araújo Vidal, suspeito de envolvimento em mais de 20 homicídios nos estados do Piauí, Maranhão e Ceará, não tinham qualquer ligação com atividades criminosas, segundo a Polícia Civil. O foragido da Justiça foi morto em confronto com a Polícia Militar no domingo (5), na cidade de Tutóia, no Maranhão.
Jonathan, que era membro de uma facção criminosa e atuava principalmente em execuções, era responsável por diversos ataques dirigidos a pessoas inocentes, por engano ou retaliação. Um dos casos mais emblemáticos atribuídos a ele foi o triplo homicídio de pedreiros em Parnaíba. As vítimas foram mortas a tiros após serem confundidas com membros de uma facção rival, por estarem em um carro vermelho similar ao utilizado pelos inimigos do grupo.
As autoridades confirmaram que os pedreiros não tinham qualquer envolvimento com crimes. Além disso, o suspeito também é acusado de assassinar um mecânico de 42 anos em Tutóia. O crime teria sido uma retaliação devido à colaboração da vítima com a prisão de um suspeito de assalto ligado à mesma facção criminosa.
Jonathan estava foragido desde maio de 2024, após a Justiça determinar a regressão para o regime fechado, por condenação por roubo. Ele possuía cinco mandados de prisão ativos por crimes como tentativa de homicídio qualificado, roubo, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Em um julgamento à revelia, realizado em junho de 2025, ele foi condenado por tentativa de homicídio por motivo fútil.
O foragido foi localizado por policiais do 2º Batalhão de Polícia Militar de Turismo do Maranhão e, durante a abordagem, reagiu e foi baleado no confronto. Na ocasião, foram apreendidas duas armas de fogo e entorpecentes. A Polícia Civil continua investigando outros crimes atribuídos ao suspeito, incluindo possíveis execuções de vítimas inocentes. Esta é mais uma história que ilustra a violência e o impacto negativo que o crime organizado pode ter na sociedade.