Polícia Militar de SP planeja uso de novas câmeras nas fardas até dezembro

Após atraso no cronograma, a Polícia Militar de São Paulo prevê o uso de novas câmeras nas fardas dos policiais até 17 de dezembro. O modelo contratado pelo governo permite que o policial decida quando deve iniciar a gravação de ocorrências. A corporação afirmou que dará treinamento a agentes para acionar as câmeras em todas as ações policias.

A previsão inicial era de iniciar a operação com as novas câmeras corporais até o fim de outubro, porém houve um atraso devido à regulamentação do contrato assinado com a Motorola Solutions Ltda. Após vencer a licitação, a empresa fornecerá 12 mil câmeras que substituirão gradativamente os equipamentos já em funcionamento, que gravam de forma contínua durante todo o turno. O objetivo é concluir a transição até o final de 2025, sem interrupção do programa durante o processo de troca.

O governo de São Paulo foi questionado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a licitação e os prazos para a implantação das câmeras, em resposta a uma ação da Defensoria Pública que pede o uso obrigatório dos equipamentos em operações policiais. Um novo recurso foi apresentado ao STF em outubro, argumentando a importância das câmeras após casos de violência policial no estado.

O contrato para as 12 mil câmeras foi assinado após questionamentos de empresas sobre possíveis falhas nos testes técnicos e favorecimento na licitação. A presença de um botão de “excluir” nos equipamentos também foi contestada, no entanto, a PM esclareceu que se trata de um filtro seletivo e não de exclusão de vídeos.

Especialistas alertam que a mudança para gravações intencionais pode dificultar investigações e aumentar o uso indiscriminado da força policial. Atualmente, as câmeras em operação registram todo o turno do policial de forma ininterrupta, porém, com as novas câmeras, o policial terá a autonomia para decidir quando iniciar as gravações.

Os vídeos intencionais serão armazenados por um ano, com resolução superior e som ambiente, ao contrário das gravações rotineiras que ficam arquivadas por 90 dias, com resolução menor e sem som ambiente. O novo edital não menciona as gravações rotineiras, apenas as intencionais, e prevê a transmissão ao vivo das imagens para a central da corporação. A implementação das novas câmeras corporais é vista como um avanço na segurança pública, mesmo com os desafios apontados pelos especialistas.

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Eleições Municipais de 2024 em Campinas: Reeleição de Dário Saadi, segundo turno em Sumaré e indeferência em Tuiuti – Retrospectiva e Principais Fatos

Votou em 2024? Relembre os eventos de maior destaque das eleições municipais na região de Campinas

A retrospectiva das eleições municipais de 2024 na região de Campinas revisitam importantes fatos do período eleitoral, como a reeleição de Dário Saadi, o segundo turno inédito em Sumaré e a situação peculiar de Tuiuti, que ficou sem prefeito devido à indeferência da candidatura do vencedor.

As eleições municipais de 2024 foram marcantes para os eleitores da região de Campinas, que foram às urnas em outubro para escolher seus representantes nas prefeituras e câmaras municipais. Diversos municípios participaram desse processo democrático, determinando quem irá defender os interesses das 31 cidades da região nos próximos quatro anos.

A cidade de Campinas teve cinco candidatos à prefeitura e um total de 5.338 candidaturas para as 33 cadeiras da Câmara dos Vereadores em 2025. Dário Saadi, Pedro Tourinho, Rafa Zimbaldi, Wilson Mattos e Angelina Dias foram os postulantes ao cargo de prefeito, com Dário Saadi conquistando a reeleição.

Durante o pleito, os candidatos à prefeitura de Campinas concederam entrevistas exclusivas aos jornalistas do canal de notícias DE Campinas. Dário Saadi propôs a ampliação da estrutura da Defesa Civil, Pedro Tourinho destacou a criação de uma “moeda social”, Angelina Dias denunciou perseguição judicial, Wilson Matos propôs a privatização da Ceasa e Rafa Zimbaldi focou na redução de comissionados na administração municipal.

A realização de debates entre os candidatos à prefeitura de cidades como Indaiatuba, Hortolândia, Sumaré, e Campinas foi um marco no processo eleitoral. Os confrontos de ideias abordaram temas como saúde, mobilidade urbana, habitação, e a administração pública, proporcionando aos eleitores informações relevantes para a escolha de seus representantes.

Um dos momentos de destaque nas eleições municipais de 2024 foi a cassação do registro de candidatura de Dário Saadi em 1ª instância pela Justiça Eleitoral, que foi posteriormente revertida pelo Tribunal Regional Eleitoral. A pesquisa de opinião divulgada na véspera da eleição apontava a vitória de Saadi no primeiro turno, resultado confirmado nas urnas.

Dário Saadi acabou sendo reeleito prefeito de Campinas com 66,77% dos votos, garantindo mais quatro anos à frente da metrópole. Entre outros candidatos, Mariana Conti (PSOL) foi a vereadora mais votada, enquanto Vinícius de Oliveira Sandoval, também conhecido como Vini, tornou-se o segundo vereador mais votado da história de Campinas aos 22 anos de idade.

Em Sumaré, um segundo turno inédito elegeu Henrique do Paraíso como o novo prefeito com 58,22% dos votos. Tuiuti enfrentou uma situação peculiar, com o candidato mais votado, Amarildo Lima, sendo indeferido com base na Lei da Ficha Limpa, o que resultará na realização de uma eleição suplementar em 2025.

De forma geral, as eleições municipais de 2024 na região de Campinas refletiram mudanças significativas no cenário político local, com a reeleição de alguns prefeitos, a eleição de novos representantes e a ausência de candidatos do PSDB nas prefeituras pela primeira vez em 24 anos, sinalizando transformações no panorama político da região.

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