Polícia pede prisão de suspeito de matar mulher em frente a salão de beleza no litoral de SP

Polícia pede prisão do suspeito de matar ex em frente ao salão de beleza dela no litoral de SP

Brenda Bulhões, de 26 anos, foi morta ao chegar no próprio salão de beleza em Guarujá (SP).

Brenda Bulhões foi baleada com disparos na região das costas em frente ao próprio salão de beleza, em Guarujá (SP) — Foto: Redes Sociais e Reprodução

A Polícia Civil pediu a prisão temporária do ex-companheiro suspeito de matar a tiros a empresária Brenda Bulhões, de 26 anos, em frente ao salão de beleza dela em Guarujá, no litoral de São Paulo. À DE, a delegada Maria Aparecida Vianna Scanavacca, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, afirmou que a solicitação tem como objetivo contribuir para investigação do crime.

O caso aconteceu na Rua Pará, no bairro Paecará, por volta das 8h20 de sexta-feira (29). De acordo com a prefeitura, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e fez manobras de reanimação cardiopulmonar na vítima, mas sem sucesso. A morte dela foi constatada no local.

Segundo a delegada Maria Aparecida, o pedido da prisão temporária do ex-companheiro da vítima foi enviado ao Fórum. A partir disso, a polícia aguarda a decisão judicial para que o homem, considerado o principal suspeito no caso, seja preso.

Ainda de acordo com ela, o suspeito não foi localizado. Além disso, caso a Justiça decrete a prisão, o homem passa a ser considerado ‘foragido’.

A delegada acrescentou que Brenda já recebeu ameaça de morte do suspeito. A informação foi obtida Polícia Civil durante as investigações, por meio das mensagens enviadas pela vítima para uma terceira pessoa – não identificada.

O delegado titular da Delegacia Sede de Guarujá, Antônio Sucupira Neto, comentou sobre o caso em entrevista à TV Tribuna, emissora afiliada da Globo. “No primeiro momento, pelas imagens que nós temos, ela não teria percebido a aproximação desse autor. Num determinado momento, ela olha para ele, mas aí ele já está com a arma em punho e efetua vários disparos que, infelizmente, veio tirar a vida dessa pessoa”, afirmou o delegado.

De acordo com Sucupira, o vídeo é o único registro visual que a polícia teve acesso até o momento. Apesar disso, os investigadores estão em busca de mais conteúdos que possam contribuir para o esclarecimento do caso.

Testemunhas do homicídio acionaram a Polícia Militar para atender a ocorrência. De acordo com os PMs, a vítima levou ao menos seis tiros, sendo a maioria nas costas. A vítima deixa uma filha de 9 anos. À equipe da TV Tribuna, afiliada da Globo, as pessoas que viram o assassinato disseram que um homem se aproximou de Brenda, efetuou os disparos e fugiu do local. A vítima, segundo os relatos, havia acabado de chegar para trabalhar, e também estava em uma moto.

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Colecionadores de presépios unem fé e arte no Natal do Alto Tietê: conheça as histórias de Roberto Lemes Cardoso e José Carlos Maziero

Colecionadores de presépios do Alto Tietê unem fé e arte para cultivar a tradição do Natal

Paixão por presépios, tradição que é um dos símbolos do Natal, virou motivo de colecionismo de Roberto Lemes Cardoso, de Guararema, e José Carlos Maziero, de Poá.

Colecionadores de presépios unem fé e arte para celebrar o Natal no Alto Tietê

Entre peças maiores e miniaturas, Roberto Lemes Cardoso tem cerca de 80 presépios. Para o colecionador, as peças fazem parte da história dele, uma tradição de família.

Segundo o aposentado, a coleção começou quando uma amiga foi ao Peru e ele pediu um presépio. A partir daí, ele acabou despertando o interesse na interpretação de povos, de lugares e artistas que confeccionam as peças e na diferença cultural que existe a partir dos presépios.

“O presépio, na verdade, é a manjedoura. Só que hoje se estende mais, alguns são só a sagrada família, mas se coloca muito pastores, cordeiros. O boi e o burro não são do presépio original, não estão na bíblia, mas eles têm um significado que foi acrescentado à gente ao logo da história”, conta Roberto.

Como ele viajava bastante a trabalho, naturalmente outros presépios começaram a chegar.

“Eu, como colecionador, não me interesso muito por ter 300 presépios, 500 presépios. Mas presépios que digam alguma coisa de algum lugar, de alguma época, de alguma pessoa, de algum artista, enfim”.

Roberto divide a coleção em três categorias: itens para a casa dele, que é mais pessoal; os presépios voltados para eventos religiosos, elaborados com foco na fé e na espiritualidade; e os que representam a expressão cultural e artística, refletindo diferentes tradições e culturas ao redor do mundo. Mas ele conta que não há uma peça especial.

“Uma hora você gosta mais, mas aí você vê o outro. É que nem filho, não tem um especial, não tem um preferido. É difícil. Inclusive, tenho uns ali que são de papel. Cheguei a comprar um que você desmontava a caixa de panetone e montava um presépio com as figuras que vinham junto. Então, isso também acho interessante”.

O presépio é uma tradição cristã. Tradicionalmente, é montado no início do advento e desmontado no dia 6 de janeiro e representa o local onde nasceu Jesus Cristo, em Belém, na atual Palestina. Retrata a cena do nascimento, com elementos como Maria, José, os pastores, anjos e os animais, como forma de celebrar a fé e o espírito natalino.

Na casa de José Carlos Maziero, em Poá, o presépio é uma grande maquete, cheia de histórias para contar, com cerca de cinco metros e todo montado pelo aposentado. Segundo ele, são necessários cerca de três meses para a montagem. Ele conta que a paixão começou com o nascimento dos filhos.

“Eu resolvi pegar as pinhas do quintal e fazer aquela casinha. Da casinha, começou a sair tudo. Aí eu queria fazer com a minha filha. Comecei a fazer pra minha filha. Depois veio o menino, aí eu comecei a fazer pro menino. Aí não parei mais, aí tô fazendo até hoje”.

Cheia de movimentos e elementos, a arte impressiona. Desde a primeira casinha feita com pinhas, onde fica a manjedoura, até os barris de vinho feitos de rolha e as parreiras de uva feitas de alpiste de passarinho, até as folhas das árvores feitas com espuma de esponja de lavar louça. Muita criatividade e dedicação que, com a aposentadoria, fez ele trocar a solda pela delicadeza dos trabalhos manuais.

Na construção do presépio, os reis magos saem cada um de um ponto da maquete rumo à manjedoura, onde brilha a estrela à espera da chegada do menino Jesus. Para José Carlos, a tradição do presépio é uma forma mágica de resgatar a fé.

“Na noite de Natal, a minha família vem até aqui. Ou quando era lá embaixo, era lá embaixo, quando era na sala, era na sala. E a gente faz uma prece. Aí nós fazemos a prece do pai nosso, ave maria. Aí cada um se abraça, dá um abraço bem doce, e é assim que a gente faz. Aí sim coloca o menino Jesus. Acabou de colocar, aí a gente faz as preces”, explica José Carlos.

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