Polícia Penal de Goiás auxilia na prisão de um dos maiores narcotraficantes do Brasil

Polícia Penal de Goiás auxilia na prisão de um dos maiores narcotraficantes do Brasil, Lourival Máximo da Fonseca, de 56 anos, mais conhecido como Tião (Fotos: Policia Penal)

Com auxílio da Polícia Penal de Goiás, um dos maiores narcotraficantes do Brasil, Lourival Máximo da Fonseca, de 56 anos, mais conhecido como Tião, foi preso na Bolívia nesta quinta-feira, 15. Na lista dos 21 mais procurados pelo Ministério da Justiça e foragido desde 2020, ele foi detido pela Polícia Nacional da Bolívia após uma abordagem no município de San Rafael de Velasco.

Durante a prisão do foragido, em uma propriedade rural nos arredores da cidade, houve troca de tiros entre os policiais bolivianos e os suspeitos. Lourival apresentou nome falso de Sebastián da Fonseca. No entanto, a Polícia Penal de Goiás, por meio da Gerência de Inteligência e Observatório, conseguiu realizar a devida identificação do narcotraficante nesta sexta-feira, 16, em parceria com o Departamento de Análise Criminal e Inteligência da Polícia Nacional da Bolívia.

Lourival é natural de Recife (PE), mas segundo o Ministério da Justiça, tem atuação ativa na região Sudeste do Brasil por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e tráfico de armas desde a década de 1990. Hoje é considerado um dos principais traficantes das regiões de Goiás, Minas Gerais e interior de São Paulo.

“O compartilhamento de informações entre as polícias brasileira e boliviana possibilitou, novamente, a descoberta da verdadeira identidade do então suspeito”, explica o gerente de Inteligência da Polícia Penal, Thiago Matias. Em apenas duas semanas, esta já é a segunda prisão de brasileiro foragido na Bolívia depois da identificação da Polícia Penal de Goiás.

No dia 2 de fevereiro, um brasileiro acusado de homicídio e tráfico de drogas foi capturado em Santa Cruz de La Sierra. O preso é investigado por oito homicídios realizados a mando da Organização Criminosa “Bonde do Maluco – BDM”, aliada ao Primeiro Comando da Capital. Ele já havia fugido duas vezes da Bahia, depois de recapturado nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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