Polícia Penal de Goiás envia 20 toneladas de doações para o Rio Grande do Sul

Produtos foram arrecadados pela Polícia Penal de Goiás durante a campanha “Polícia Penal em Ação”

Aproximadamente 20 toneladas de alimentos não perecíveis, água mineral, produtos de higiene e limpeza, rações para cães, enxovais para cama, roupas e agasalhos embarcaram para o Rio Grande do Sul no início da manhã desta quinta-feira, 23. As doações foram arrecadados pela Polícia Penal de Goiás durante a campanha “Polícia Penal em Ação”, em prol das vítimas da tragédia climática naquele Estado, que durou 13 dias.

Junto às doações, uma equipe composta por 12 policiais penais dos grupamentos especializados Gope (Operações Penitenciárias Especiais), GIT (Intervenção Tática) e GTAE (Tático de Ações e Escolta) também viajou para o Sul do país em um ônibus. A previsão de chegada é para este sábado (25), em Porto Alegre (RS).

Os policiais penais vão compor a operação batizada de “Brasil É Um Só”, em que integrantes das forças de segurança e salvamento goianas partem em direção ao Rio Grande do Sul (RS) para reforçar o trabalho de garantia da ordem pública e ajuda humanitária nas regiões afetadas pelas enchentes. Os servidores penitenciários vão trabalhar na segurança dos presídios na capital gaúcha e municípios vizinhos.

“Neste momento difícil para o Rio Grande do Sul, enviamos esses policiais e as doações arrecadadas em um gesto de solidariedade e apoio ao povo gaúcho”, explica o diretor-geral da Polícia Penal, Josimar Pires.

ARTIGOS ARRECADADOS

Alimentos
Cestas básicas, água mineral, arroz, feijão, macarrão, extrato de tomate, açúcar, café, biscoitos, leite, óleo, achocolatado e outros
Rações para cães

Produtos de higiene
Papéis higiênicos, lenços e fraldas

Produtos de limpeza
Desinfetantes, sabão, desengordurantes e outros

Enxovais
Cobertas, roupa de cama e colchões

Roupas
Camisetas, shorts, calças, agasalhos e calçados

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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