Polícia Penal prende falso policial penal em Caldas Novas

Equipe de policiais penais da 4ª Coordenação Regional Prisional prendeu um detento do regime semiaberto que se passava por falso policial penal durante o evento musical que aconteceu neste final de semana, 13, em Caldas Novas

Enquanto trabalhavam para coibir a entrada de presos monitorados por tornozeleira eletrônica na festa, os policiais penais identificaram um homem que vestia uma camiseta com o brasão da Polícia Penal. O material é semelhante ao utilizado como uniforme pelos policiais penais de Goiás. Ele também portava carteira funcional falsificada.

FALSO POLICIAL PENAL

O suspeito havia se aproximado de um dos servidores que estava trabalhando e informou que também era policial penal. Afirmou que estava no evento para localizar e prender quatro monitorados de Goiânia, integrantes de uma organização criminosa especializada em furto de celulares.

Segundo o policial penal Américo Rufino, o comentário do indivíduo chamou a atenção, pois não havia preso monitorado de Goiânia na cidade.

“Indaguei ao suspeito quais seriam os nomes dos supostos criminosos. O indivíduo disse que postaria os nomes em um grupo e mostrou uma foto de diversas pessoas que supostamente integrariam a organização criminosa”, comenta. 

Foi constatado, contudo, que o suspeito apresentava nervosismo. Vale ressaltar, que Rufino percebeu que o homem utilizava um camiseta laranja por baixo do uniforme.

Mais tarde, foi confirmado que o nome do suspeito não constava na lista de policiais penais autorizados a trabalhar no evento. Contexto em que a equipe de policiais penais visualizaram que o indivíduo suspeito estava tentando adentrar a área de acesso dos convidados do evento.

“Ele tentou dar ‘carteirada’”, disse Rufino.

Diante das suspeitas da usurpação de função pública e após ser levado até os integrantes do Grupo de Intervenção Tático (GIT) para realizar a sua identificação, o suspeito tentou evadir do local e retirou a camiseta de uniforme da Polícia Penal de Goiás.

Ao ser abordado, ele confessou que não era policial penal . Durante a análise de informações, foi constatado que o indivíduo cumpre pena no regime semiaberto, em Goiânia. Diante dos fatos, o indivíduo foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Caldas Novas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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