Polícia Penal registra crescimento de inscrições no Encceja PPL

A Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) registrou crescimento no número de inscritos no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade, (Encceja Nacional PPL), pelo oitavo ano seguido.

Neste ano, 5.152 custodiados estão aptos para participarem do Encceja PPL, um aumento de 18,8% em relação a 2023 (4.336).

O ingresso dos reeducandos no Encceja é voluntário e gratuito. No entanto, a participação vale como remição de pena pelo estudo, conforme determina a Lei de Execução Penal (LEP), em caso de aprovação. As provas serão realizadas nos dias 15 (ensino fundamental) e 16 de outubro (ensino médio) e aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

ENCCEJA

O Encceja possibilita que pessoas que não concluíram os graus de educação na idade adequada possam receber os certificados e, assim, retomar a trajetória escolar.

“O ensino é mais um caminho importante para que o reeducando possa retornar à sociedade de maneira bem-sucedida. Por isso, a DGPP faz, ano a ano, um esforço continuado em suas unidades prisionais para que mais apenados tenham o direito de realizar a sua certificação”, explica o diretor-geral de Polícia Penal, Josimar Pires.

De 2017 a 2024, o número de inscritos no Encceja pela DGPP cresceu 852%. No ano passado, os reeducandos conseguiram 46% de aprovação no exame, que consiste em 30 questões na prova objetiva, dividida em áreas do conhecimento. Para ser aprovado, o candidato deve atingir, no mínimo, 100 pontos em cada área e obter pelo menos 5 pontos na prova de redação, que varia de 0 a 10.

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Como a nova lei que proíbe celulares em escolas de SP pode transformar a educação?

Como a Nova Lei que Proíbe Celulares em Escolas de SP Pode Transformar a Educação?

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou uma lei que proíbe o uso de celulares em todas as escolas públicas e privadas do estado. A medida, aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em novembro, foi publicada no Diário Oficial nesta sexta-feira, 6, e entrará em vigor dentro de 30 dias.

O projeto de lei, de autoria da deputada estadual Marina Helou (Rede) e coautoria de outros 42 parlamentares, visa reduzir a dependência dos dispositivos eletrônicos durante as aulas. Segundo a deputada, o uso constante de celulares tem sido associado a uma diminuição significativa na capacidade de concentração e desempenho acadêmico dos estudantes, além de afetar negativamente a interação social.

“Celulares não são inofensivos. O impacto nas nossas crianças e adolescentes está se refletindo na aprendizagem deles, eles têm aprendido menos. O ‘spam’ de atenção deles não aguenta ouvir uma aula, ler um texto, ver um filme, pensar alguma coisa mais complexa,” argumentou Marina Helou.

A nova lei proíbe o uso de celulares durante todo o período de permanência dos alunos na escola, incluindo intervalos entre aulas, recreios e atividades extracurriculares. No entanto, a utilização de dispositivos eletrônicos será permitida em casos onde houver necessidade pedagógica, para o uso de conteúdos digitais ou ferramentas educacionais.

Essa medida é parte de um movimento mais amplo no Brasil, onde especialistas defendem a restrição ao uso de celulares nas escolas. Em audiências públicas realizadas na Comissão de Educação do Senado, especialistas como o psicólogo Cristiano Nabuco destacaram que o uso excessivo de celulares está associado a problemas como obesidade, miopia, distúrbios de sono e automutilação.

Nabuco também mencionou que 45% dos alunos brasileiros admitem se distrair com o celular durante as aulas. A discussão sobre a restrição do uso de celulares nas escolas ganhou repercussão nacional, com um projeto similar em tramitação na Câmara dos Deputados. Este projeto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, ser avaliado pelo Senado.

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