Polícia prende 32 suspeitos por golpe em aposentados e pensionistas de todo o país

Polícia prende 32 pessoas por suspeita de enganar aposentados e pensionistas de várias partes do país

Eles vão responder por estelionato e associação criminosa.

Trinta e duas pessoas foram presas em uma empresa de fachada no Centro do Rio, que ocupava um andar inteiro. Segundo a polícia, elas aplicavam golpes em aposentados e pensionistas por meio de mensagens.

O nome na porta da empresa é de uma consultoria de plano de saúde, mas o golpe nada tinha a ver com o assunto. O escritório tem quatro salas, algumas interligadas, e cada um dos envolvidos tinha uma estação de trabalho.

Segundo a polícia, todos sabiam do esquema e receberam treinamento para aplicar os golpes. Eles tinham meta para bater. Um quadro na parede indica que esse mês o objetivo era arrecadar R$ 400 mil.

Os funcionários não tinham carteira assinada nem salário fixo. Ganhavam 5% de comissão em cada contrato fechado.

Eles acessavam os dados das vítimas por um sistema usado de forma ilegal. Descobriam informações bancárias, endereços e telefones.

Os alvos eram aposentados e pensionistas que já haviam feito empréstimos. A maior parte, do Norte e do Nordeste do país.

O contato era por mensagens ou áudios num aplicativo de conversas.

A polícia encontrou roteiros diferentes. Em um deles, eles se apresentam como representantes da central de verificação do Procon.

Em outro, a mensagem era de uma suposta notificação da Previdência Social sobre fraudes e descontos indevidos no benefício da vítima.

Quadrilha é presa no RJ por golpe em aposentados e pensionistas — Foto: Reprodução/TV DE

Quadrilha é presa no RJ por golpe em aposentados e pensionistas — Foto: Reprodução/TV DE

Segundo a polícia, eles convenciam as vítimas a renegociar dívidas e faziam novos empréstimos no nome delas, mas o dinheiro era desviado para a conta da organização criminosa.

A polícia apreendeu anotações, computadores e celulares. Com a análise do material recolhido, os investigadores querem descobrir quem era o chefe do esquema e quantas pessoas caíram nos golpes.

“Foram 32 presos. Alguns deles já presos anteriormente por essa mesma modalidade criminosa e com isso a gente consegue desbaratar mais uma quadrilha que lesa muitas pessoas, muitas delas aposentados, vulneráveis, que tem seu sustento comprometido por um empréstimo que elas não queriam”, explicou o delegado Marco Castro, da 35ª DP.

Os presos foram levados para a delegacia de Campo Grande e autuados por estelionato e associação criminosa.

O RJ2 não teve acesso ao depoimento dos presos nem conseguiu contato com a defesa deles.

Grupo tinha roteiro para enganar as vítimas — Foto: Reprodução/TV DE

Grupo tinha roteiro para enganar as vítimas — Foto: Reprodução/TV DE

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Traficantes usam drones para monitorar operações policiais em comunidade de Serrinha: líder do tráfico é investigado.

Traficantes usam drones para monitorar operação das autoridades de segurança na comunidade de Serrinha, localizada em Madureira. De acordo com as investigações, a quadrilha liderada pelo traficante William Yvens da Silva, conhecido como Coelhão, é responsável pelo monitoramento, sendo ele homem de confiança de Wallace Brito Trindade, conhecido como Lacoste, o qual lidera o tráfico no complexo.

Os criminosos utilizam drones para monitorar as ações da Polícia Militar na região, como ocorreu na última quinta-feira (9) quando operação do 9º BPM (Rocha Miranda) estava em andamento. Através de rádios de comunicação, os olheiros do tráfico mantinham o restante da quadrilha informado sobre a movimentação dos policiais e dos veículos blindados.

Os olheiros, como são chamados os responsáveis por monitorar os passos da polícia, não precisam mais ficar em locais estratégicos e expostos, pois a utilização de drones permite obter informações em tempo real de forma privilegiada. Com isso, a dinâmica da vigilância do tráfico tem mudado, tornando-se mais sofisticada e eficiente.

Lacoste, líder do tráfico no Complexo da Serrinha, está envolvido em polêmicas, como o caso de tortura de mulheres que tiveram os cabelos raspados à força devido à desavença com o grupo. As imagens viralizaram nas redes sociais, gerando repercussão em relação à violência imposta pelo tráfico na região.

Além disso, a Polícia Militar conseguiu apreender drogas e um fuzil durante a operação, porém nenhum suspeito foi preso. A utilização de drones para monitorar ações policiais e lançar explosivos em comunidades como o Complexo de Israel e Quitungo, na Zona Norte, tem sido alvo de investigações pela Polícia Civil.

A investigação visa coibir a utilização indevida desses equipamentos por traficantes rivais, visando a segurança da população e das autoridades. Em casos anteriores, traficantes do Complexo de Israel e Quitungo foram feridos por estilhaços de explosivos lançados por drones, demonstrando a gravidade da situação. A utilização desses dispositivos de forma criminosa representa um desafio para as forças de segurança no combate ao crime organizado.

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