Polícia prende grupo de tráfico interestadual e apreende avião com droga, em Itumbiara

Polícia prende grupo de tráfico interestadual e apreende avião com droga, em Itumbiara

Quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento em tráfico interestadual de drogas em Itumbiara, região sul de Goiás. A Polícia Civil (PCGO) conduziu uma operação que resultou na prisão dos suspeitos, na apreensão de um avião monomotor avaliado em R$ 350 mil, três veículos e 17 kg de cocaína. A ação foi realizada pelo Grupo Especial de Repressão a Narcóticos de Itumbiara.

As investigações, que tiveram início há 11 meses, indicam que a droga era transportada do Mato Grosso do Sul para Itumbiara e posteriormente distribuída em Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais. O delegado Juliano Campestrini informou que o avião era utilizado para o transporte da droga e foi apreendido no aeroporto de Itumbiara.

A polícia alega que os suspeitos foram flagrados no exato momento da negociação da venda da droga. “A polícia identificou que o grupo iria fazer a entrega e, ao perceber a movimentação, prendeu as quatro pessoas”, afirma o delegado.

Os quatro suspeitos, detidos no Bairro Novo Horizonte nesta quinta-feira, 1º, incluem duas mulheres, de 46 e 53 anos, e dois homens, de 38 e 61, sendo o mais velho o piloto do avião e líder do grupo, segundo o delegado.

“Ele usava documento falso por ser foragido da justiça de Pernambuco e tem uma condenação de 32 anos. O mais novo era filho dele”, esclarece o delegado. A polícia também realizou busca na casa do piloto, em Centralina, Minas Gerais, onde encontrou documentos e peças retiradas do avião para facilitar pousos e decolagens em pistas de terra não preparadas.

Por fim, de acordo com o delegado, os quatro suspeitos foram presos em flagrante, e foi cumprido o mandado de prisão contra o piloto, além disso, diversos bens foram apreendidos. Eles enfrentarão acusações de tráfico de drogas e associação criminosa.

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Desabamento de ponte TO-MA deixa 16 pessoas desaparecidas

Dois dias após o desabamento da ponte que liga os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) sobre o Rio Tocantins, uma força-tarefa composta por agentes dos dois estados e do governo federal continua as buscas por desaparecidos. O incidente ocorreu no domingo, 22. A Polícia Militar do Tocantins confirmou, até a manhã de terça-feira, 24, a morte de duas mulheres.

Uma das vítimas era uma residente de 25 anos de Aguiarnópolis, enquanto os dados da outra vítima ainda não foram divulgados. Além disso, um homem de 36 anos foi encontrado vivo e levado ao hospital de Estreito com uma fratura na perna. Atualmente, 12 adultos e três crianças permanecem desaparecidos.

Veículos envolvidos no acidente

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, ao menos oito veículos caíram no rio: quatro caminhões, dois automóveis e duas motocicletas. A presença de veículos carregados com ácido sulfúrico e herbicidas complica as buscas, pois as autoridades aguardam os resultados de exames da água para determinar se é seguro iniciar os trabalhos de busca com mergulhadores.

A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que os caminhões transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico. Como precaução, o governo do Maranhão orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nas cidades banhadas pelo rio Tocantins até que se confirme se esses produtos se diluíram e não oferecem risco.

Condições da Ponte Juscelino Kubitschek

A Ponte Juscelino Kubitschek, inaugurada nos anos 1960, tinha 533 metros e já apresentava problemas conhecidos. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realizou obras de reparos entre 2021 e 2023, mas a ponte necessitava de ‘obras de reabilitação’.

Em maio de 2024, um edital no valor de aproximadamente R$ 13 milhões foi lançado para a contratação de uma empresa especializada, mas a licitação fracassou. Um relatório obtido pelo jornal Folha de S.Paulo revelou que o Dnit sabia da situação precária da ponte desde 2019.

O professor de engenharia civil da Universidade Federal do Tocantins, Fabio Ribeiro, atribuiu o acidente a uma série de falhas. O Ministério Público do Tocantins aguarda a conclusão dos laudos técnicos para analisar possíveis providências.

O Dnit interditou o local e decretou situação de emergência para facilitar os trâmites burocráticos para a reconstrução da ponte, com um prazo estimado de 12 meses e um custo entre R$ 100 a R$ 150 milhões. Durante uma coletiva de imprensa, o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que mais de R$ 100 milhões serão destinados para a reconstrução imediata da ponte e que uma sindicância será instaurada para apurar responsabilidades.

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