Forças policiais de Goiás uniram esforços em uma ação conjunta denominada “Operação Possessio” para cumprir, na manhã de segunda-feira, 11,. A operação, coordenada pelo Delegado Regional da Polícia Civil, Dr. José Antônio Sena, e pelo Comandante Regional da Polícia Militar, Tenente Coronel Geyson Alves Barbosa, teve como alvo um grupo armado que articulou uma invasão à uma fazenda em Alto Paraíso, próxima ao Vale da Lua, no dia 20 de agosto.
“Após vinte dias de incansáveis diligências realizadas pelas polícias Civil e Militar do Estado de Goiás, foram representados por sete mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão. Quatro indivíduos foram presos e materiais foram apreendidos. Temos três foragidos até o momento; dentre eles, o autor intelectual”, relata Sena. A suspeita de ser a mandante é uma empresária radicada no povoado de São Jorge.
Os investigados respondem pelos crimes de esbulho possessório, porte ilegal de arma de fogo, corrupção passiva e ativa e associação criminosa. Os invasores alegaram terem sido contratados pela empresária, da qual receberiam aproximadamente R$ 50 mil mensais para proteger a propriedade, avaliada em mais de R$ 10 milhões. A fazenda é alvo de uma disputa relacionada à sua verdadeira propriedade, com o objetivo de explorar o turismo local.
Truculência
Ao chegar na propriedade de forma ameaçadora, o grupo alegou estar cumprindo um mandado de reintegração de posse, afirmando agir em nome da verdadeira proprietária, embora esta negasse qualquer ação nesse sentido. Os invasores, que se passaram por policiais, chegaram em carros particulares com giroflex e agiram com violência, ameaçando os caseiros da fazenda sob a mira de armas de fogo.
Durante a tentativa de invasão, os caseiros da propriedade acionaram a Polícia Militar, que respondeu prontamente. Com o grupo, foram apreendidos coletes balísticos, um drone, diversas armas de fogo, incluindo pistolas .40 S&W, revólveres .357 e .38, e uma grande quantidade de munições.
Entre os participantes, estavam um policial militar da reserva do Distrito Federal, uma guarda civil municipal e um instrutor de tiro da Guarda Civil Municipal de Planaltina de Goiás. Na época, após serem levados para a delegacia, apenas um dos sete suspeitos ficou preso, por porte ilegal de arma. Com exceção da empresária, não foi especificado quais dos outros sete envolvidos foram presos preventivamente e quais permanecem foragidos.