Polícia prende mulher que deixou o filho pescar sozinho e se afogou

Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (18), uma mulher suspeita de abandono de incapaz e abandono material contra os filhos, no município goiano de Matrinchã. A apuração mostrou que a investigada foi acampar junto com os dois filhos de, cinco e sete anos, e deixou o menino mais novo ir pescar sozinho, o que ocasionou a morte dele por afogamento na última segunda-feira (14).

O delegado Thiago Martinho disse que a mulher e as crianças estavam com os familiares e a suspeita bebia quando tudo aconteceu. Segundo testemunhas, a mãe do menino apresentou indiferença quando o menor desapareceu na mata. Ela, inclusive, continuou a beber.

No dia seguinte, na terça-feira (15), mergulhadores do Corpo de Bombeiros encontraram o corpo da criança. Durante as investigações, os policiais descobriram que a mulher deixava faltar alimentos para os filhos. No dia do desaparecimento, ela se quer levou comida para as crianças.

Além da falta de cuidados básicos, a Polícia Civil recebeu um vídeo onde o irmão de sete anos enfia um pedaço de madeira no ânus da vítima que faleceu. “A investigada responderá pelos crimes de abandono de incapaz e abandono material, podendo pegar até 16 anos de prisão”, finalizou a Polícia Civil.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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