Policia prende quadrilha por roubo de gado em Nova América, GO

Após quatro meses de investigação, a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR) em conjunto com a Delegacia de Polícia de Rubiataba-GO prendeu uma quadrilha por roubo e furtos de gado, na cidade de Nova América-GO.

A quadrilha invadia as propriedades rurais com armas de fogo imobilizavam os caseiros amarrando ou deixando presos em um dos cômodos da casa. Em seguida fechavam o gado e encarretavam em caminhões alugados e transportavam até Brasília, onde posteriormente eram comercializados no Estado da Bahia.

Praticavam os crimes durante o dia, ficando uma parte com os funcionários até dar tempo de desembarcarem em Brasília. O remanescentes da quadrilha que ficavam na vigilância dos funcionários, apossavam-se dos bens móveis, televisores, computadores e dos objetos usados no manuseio do gado, arreios e outros equipamentos, inclusive produtos alimentícios.

Após monitoramento dos integrantes desta organização criminosa, soube-se que estariam praticando o crime naquele momento, na fazenda Nossa Senhora de Fátima, município de Crixás. Após algumas horas de procura pela região, os policiais avistaram os irmãos Lucas Rodrigues da Silva e Francisco Cleiber da Silva vindo conduzindo um veículo GM-Montana pela rodovia, fazendo a escolta dois caminhões carregados de gado roubados.

Durante a abordagem dos caminhões e do carro, os condutores do veículo tentaram fugir, momento em que colidiram com a viatura de uma outra equipe em reforço. A batida provocou lesões leves aos policiais.

Com os suspeitos foram apreendidos dois revolvéres, um calibre .38 e outro calibre .22 e um simulacro de pistola. Também foram identificados Hudson da Silva Santos, Edson Lima Assunção e Ricardo Antônio Pereira da Silva, que estavam vigiando a vítima até que o gado chegasse ao destino final.

Toda quadrilha possui antecedentes criminais pela prática de vários crimes dessa mesma natureza, um deles inclusive, foragido do sistema prisional. Diante dos fatos, foi dada voz de prisão, sendo os autores conduzidos a Delegacia de Polícia de Rubiataba-GO e em seguida, encaminhados a Unidade Prisional.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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