Polícia prende segunda suspeita de triplo homicídio em Leopoldo de Bulhões

Na manhã desta segunda-feira (14), a Polícia Civil (PC) prendeu a segunda pessoa suspeita de estar envolvida no triplo homicídio de uma família em Leopoldo de Bulhões. O mandato de prisão temporário foi cumprido em Anápolis (GO).

A PC disse que não dará detalhes do envolvimento do suspeito no homicídio, e que todos os detalhes devem ser apresentados à imprensa após a conclusão do inquérito.

Relembre o caso

O triplo homicídio em Leopoldo de Bulhões aconteceu no início de fevereiro (02/02), quando o casal e a filha da mulher foram surpreendidos por dois suspeitos em sua residência, uma propriedade rural. Na madrugada do crime, os dois atiradores chegaram de carro no local e afirmaram que tinham um mandado de prisão contra Denismar Ricardo. Logo em seguida, efetuaram disparos contra a namorada dele, Suzana Vilefort, e Jéssica Vilefort, filha de Suzana.

O primeiro suspeito se entregou a polícia um dia depois do crime após a Justiça deferir o pedido de prisão cautelar. Segundo a polícia, o homem era vigilante penitenciário e já trabalhou em unidades prisionais de Anápolis, Nerópolis e Jaraguá. De acordo com a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), ele não trabalha no sistema prisional desde 2019. Em sua residência foram encontradas munição e armas de fogo de vários calibres.

 

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A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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