Polícia prende suspeito de estupros de adolescentes em Valparaíso

Policiais civis de Valparaíso prenderam um suspeito de praticar dezenas de estupros de vulneráveis e corrupção de menores cometidos no município. O homem, de 39 anos, é indiciado por diversos crimes contra a dignidade sexual de vulneráveis (quando o ato libidinoso/sexual ocorre com menor de 14 anos).

Segundo informações da polícia, as investigações se iniciaram há aproximadamente dois meses, quando houve o desaparecimento de uma jovem de 12 anos. Nas investigações feitas pela Polícia Civil, a menor foi encontrada na residência do acusado na companhia de outra adolescente de 13 anos. No local, foram apreendidas pequenas porções de drogas usadas para consumo.

As adolescentes declararam que mantinham relações sexuais regularmente com o suspeito, mas, segundo explicou os agentes, não havia elementos para a lavratura do flagrante. Diante das informações, o delegado Pedromar Augusto instaurou inquérito policial para apurar as alegações das jovens.

Nas semanas seguintes, os cartões de memória encontrados juntos com o homem foram analisados pelos policiais civis. Neles, havia conteúdo de gravações feitas pelo próprio suspeito, com conteúdo erótico envolvendo ele e várias jovens com datas diversas. Todas Estas identificadas, intimadas e ouvidas pela Polícia Civil. Ao todo, mais de 10 menores foram apontadas como vítimas do indiciado.

Além das cenas de sexo, foram encontradas outras gravações de consumo de drogas em festas. Ele realizava diversas festas automotivas em sua casa, no Jardim Céu Azul, onde promovia o consumo dos conteúdos ilícitos e realiza os atos sexuais.

O pedido de prisão do acusado foi pedido pela polícia e aceito pela Justiça. Ele foi preso e outros materiais digitais foram apreendidos e estão sendo analisados pela Polícia Civil.
O homem permanecerá preso inicialmente por 30 dias e a prisão poderá ser convertida em preventiva ou não, a critério do Poder Judiciário.

A investigação e prisão do indiciado foram realizadas pelos agentes de polícia civil Marcílio Ferreira, Marcos Paulo, Raimundo Lima, Sônia Mendes, Thiago Muller, Élio Vinicíus, bem como pelas escrivãs Zilvani Cristina e Lilia Cristina do Nascimento.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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