Polícia procura suspeito de chacina em Brasília

Polícia procura suspeito de chacina em Brasília

Na última semana, Lázaro Barbosa matou uma família em uma chácara em Ceilândia Norte, Distrito Federal. Nos dias seguintes, ele passou a invadir propriedades e fazer pessoas reféns, além de atirar em três vítimas.

A chacina de Ceilândia aconteceu na madrugada de quarta-feira, 09. De acordo com a polícia, Lázaro é suspeito de ter invadido a casa da família e matado, a tiros e facadas, o empresário Cláudio Vidal, 48, e os dois filhos, Gustavo e Carlos Eduardo Marques Vidal, 21, e 15 anos, respectivamente. Quando foi fugir, ele levou a mulher de Cláudio e mãe dos jovens, a empresária Cleonice Marques, 43.

Minutos antes da entrada do criminoso, Cleonice ligou para o irmão, pedindo socorro. Quando ele chegou, os sobrinhos estavam mortos e o cunhado, agonizando, disse que o criminoso tinha levado a mulher dele. Dois dias após o crime, o corpo de Cleonice foi encontrado em um córrego próximo à BR 0-70.

Agora, foi apontado que o suspeito refugiou-se na cidade de Edilândia, pouco antes de Cocalzinho (GO), para escapar das forças de segurança. O silêncio da cidade pacata deu lugar ao som das hélices dos dois helicópteros que sobrevoam a região em busca de Lázaro Barbosa. As ruas foram tomadas pelo vaivém de viaturas.

Os moradores estão tensos e com medo. A família do mecânico Sirlon Belchior, 48 anos, decidiu não ficar em casa. Todos foram para a oficina onde ele trabalha. “Tenho medo pela minha família e meus vizinhos. Aqui todo mundo se conhece. A preocupação maior é com a forma como ele age (violenta)”, disse o mecânico.

A oficina de Sirlon fica ao lado do posto de gasolina que está servindo como base de operações da força-tarefa que atua na captura de Lázaro. Assim como policiais civis e militares do DF, integrantes das duas forças goianas, agentes da Polícia Rodoviária e da Polícia Federal trabalham de forma integrada nas buscas ao criminoso.

Ao lado também fica o restaurante self-service de Leandro Santos, 31 anos, que só abriu o estabelecimento a pedido dos policiais. “É aterrorizante, está todo mundo com medo desse cara”, afirma Leandro. “Nem dormi essa noite, não tenho nem um estilingue em casa”.

Com informações do Correio Braziliense

Foto: Ed Alves/ DA Press/ CB

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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