A Polícia Civil indiciou a viúva e a ex-mulher Lázaro Barbosa por ajudá-lo na fuga, em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. A mãe da ex-mulher também foi responsabilizada por favorecer o criminoso. As investigações concluíram que as três tiveram contato com o fugitivo dias antes dele ser encontrado pela corporação e que não o denunciaram.
O inquérito policial diz que, durante a fuga, Lázaro foi ao encontro da ex-mulher Luana Cristina Evangelista, de 30 anos, e ex-sogra Isabel Evangelista de Sousa, de 65 anos, em busca de auxílio. Inicialmente, as duas negaram aos agentes o terem visto, mas depois disseram que ele compareceu na residência para deixar R$ 300.
Segundo reportagem do G1, o documento mostra ainda que, no dia 27 de junho, horas antes de ser morto em confronto a polícia, Lázaro recebeu ajuda para fugir por meio de contatos telefônicos da viúva Ellen Vieira da Silva, de 20 anos. Ellen é mãe da filha mais nova dele, de 2 anos.
Conforme inquérito, Lázaro teria usado o celular da ex-mulher para ligar para a viúva no dia anterior ao confronto. Eles passaram a madrugada trocando mensagens antes do cerco final. De acordo com as investigações, Ellen apagou quase todas as mensagens. Conforme a força-tarefa, sobrou apenas uma, que foi enviada às 5h44: “Ainda bem”.
Após isso, por volta de 7h, Lázaro tentou ligar cinco vezes para esposa em um intervalo de cinco minutos, em seguida, foi morto pela polícia, conforme a corporação.
Consta que no dia anterior, agentes da Polícia Civil foram à casa de Isabel e Luana, por volta das 19h, para verificar se elas teriam alguma informação sobre o paradeiro do criminoso. As duas informaram aos policiais “que não sabiam do paradeiro de Lázaro, pois não tinham visto o criminoso há muito tempo”, conforme inquérito.
Após isso, os policiais voltaram à base de operações. No entanto, 1h30 depois, as equipes receberam uma nova denúncia de que o fugitivo estaria na região em que elas moravam. Os agentes voltaram à residência das duas para questioná-las.
Segundo documento, durante a segunda visita da corporação, as duas disseram que Lázaro havia comparecido à residência para entregar R$ 300 em espécie e que tinha usado o celular de Luana para ligar à viúva. Ao serem questionadas de o porquê de não acionarem a corporação. As duas responderam que “haviam se esquecido”.
Momentos depois, a corporação avistou um homem com as mesmas características descritas por denunciantes, correram ao local, mas o sujeito correu para o mato, momento em que se deu início ao cerco final.
Consta no inquérito ainda o denúncias de vários moradores da região alegando terem visto Lázaro nas proximidades da casa delas, inclusive, entrando e saindo do local dias antes de ser morto.
As três foram indiciadas pelo crime previsto no artigo 348 do Código Penal, que qualifica como crime o auxilio a suspeito para que fuja de ação policial. Se condenadas, podem pegar de um a seis meses de prisão e multa.